Juíza Vanessa Cavalieri debate riscos do ambiente digital em Salvador
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Fotos: Divulgação / PiPa Comunicação
Em uma era marcada pela hiperconexão e pelo excesso de estímulos digitais, o papel do professor se torna cada vez mais desafiador — e essencial. Pesquisas realizadas durante e após a pandemia apontam que crianças expostas por longos períodos às telas apresentam maior dificuldade de sustentar a atenção, menor tolerância à frustração e aumento de sintomas ansiosos. Esses impactos já são perceptíveis no cotidiano escolar: turmas mais agitadas, alunos menos disponíveis à escuta e queda na capacidade de concentração.
De acordo com a psicopedagoga Larissa Machado, diretora do Colégio São Paulo, unidade Tempo de Criança, ser professor hoje é atuar em um tempo de profundas transformações. “A chamada ‘geração ansiosa’ tem trazido novos dilemas para a educação, exigindo do professor um olhar ainda mais atento e estratégias inovadoras para despertar o interesse e reconectar as crianças ao prazer de aprender. Mais do que transmitir conteúdos, ensinar hoje significa criar experiências significativas de aprendizagem, capazes de restaurar a curiosidade, o foco e a empatia, além de estimular a imaginação, a cooperação e o desenvolvimento cognitivo e emocional dos estudantes”, afirma.
Para a especialista, é urgente resgatar a cultura da infância, em que o tempo é vivido com presença, o erro é entendido como parte do aprendizado e o brincar é o caminho mais promissor para o desenvolvimento integral. “O brincar não é uma pausa no aprender — é o próprio aprendizado em movimento”, ressalta.
A tecnologia, segundo Larissa, pode e deve ser uma aliada do processo educativo, desde que usada com intencionalidade pedagógica. Quando bem orientada, amplia repertórios, estimula a pesquisa e conecta o aprendizado à realidade contemporânea. “Mas é o olhar crítico, sensível e criativo do professor que dá sentido a esse uso. É ele quem ensina a criança a distinguir informação de conhecimento, a refletir antes de reagir, a usar os recursos digitais para criar — e não apenas consumir”, completa.
Neste Dia do Professor, a reflexão ganha ainda mais força. Ensinar, hoje, é um ato de esperança — um compromisso com a formação de crianças mais atentas, criativas e emocionalmente saudáveis em um mundo que insiste em acelerar.
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