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Quando a escola escuta, a justiça silencia

Quando a escola escuta, a justiça silencia
Da Redação

Da Redação

17/12/2025 11:58pm

Foto: Arquivo Pessoal

“A escola do século XXI precisa compreender que inclusão não se resume à matrícula. Exige acolhimento, mediação de conflitos, formação continuada e documentação pedagógica viva.”

No artigo, Priscila Boy, pedagoga, escritora e formadora de educadores em diversos estados do país, analisa o crescimento da judicialização das relações escolares e defende que esse movimento é consequência direta da ausência de escuta, diálogo e práticas inclusivas no cotidiano das instituições de ensino.

A autora argumenta que inclusão não é tendência, é urgência. Casos de bullying, racismo, negligência e falhas no atendimento a estudantes da Educação Especial revelam uma comunidade escolar cada vez mais consciente de seus direitos e menos disposta a aceitar o silêncio institucional. Para Priscila, prevenir conflitos é mais eficaz do que remediá-los — e isso começa com canais reais de escuta, formação continuada de professores e protocolos claros de convivência.

Segundo ela, quando a escola compreende que respeito não é discurso, mas prática diária, cria-se um ambiente mais seguro, empático e colaborativo. O professor assume o papel de mediador de relações, a gestão atua com transparência e a inclusão deixa de ser improviso para se tornar cultura.

Ao final, Priscila reforça que inclusão não é favor, é estrutura. Quando a escola escuta, acolhe e age com sensibilidade, o conflito perde força, a confiança se fortalece e a justiça deixa de ser o caminho necessário — porque o pertencimento já foi construído.

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