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Aprender a incluir: o dever de casa das escolas brasileiras

Aprender a incluir: o dever de casa das escolas brasileiras
Ana Paula Borges

Ana Paula Borges

17/12/2025 11:58pm

Foto: Arquivo Pessoal

“A recusa da matrícula de alunos com deficiência é proibida por lei, o que garante que todos tenham acesso à escola, mas a que tipo de escola?”

No artigo, Ana Paula Borges, pedagoga, psicopedagoga, mestre em Educação pela East Central University (EUA), pós-graduada em AEE e Autismo e professora do município de Salvador, propõe uma reflexão direta e necessária sobre os desafios reais da inclusão no cotidiano das escolas brasileiras.

A autora destaca que garantir matrícula não é sinônimo de inclusão efetiva. Para ela, aprender a incluir exige planejamento, formação docente, análise criteriosa do contexto escolar e compreensão das necessidades individuais de cada aluno. A quantidade de estudantes de inclusão por sala, os recursos disponíveis, o preparo da equipe e a atuação articulada entre profissionais são fatores determinantes para que o processo seja responsável e humano.

Ana Paula também alerta para os riscos de uma inclusão feita sem suporte adequado, que pode resultar em sofrimento, insegurança e falhas no desenvolvimento da criança. Segundo a educadora, incluir não é simplesmente colocar todos no mesmo espaço, mas adaptar a escola para que cada aluno possa aprender, se desenvolver e participar com dignidade.

Com base em sua experiência prática, ela reforça que a inclusão é um processo em construção, que exige avaliação constante, intervenções ao longo do percurso e compromisso coletivo. Quando bem conduzida, afirma, a educação inclusiva promove avanços significativos no desenvolvimento cognitivo e social e transforma a escola em um espaço verdadeiramente justo e acessível.

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