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Diante da grande variedade de rótulos disponíveis, é comum surgir a dúvida sobre o que realmente significam termos como Reservado, Reserva e Gran Reserva — e se eles indicam, de fato, a qualidade do vinho. O primeiro ponto a considerar é que essas denominações, isoladamente, não garantem excelência, embora indiquem diferentes níveis de exigência no processo de produção, especialmente em alguns países.
De forma geral, os vinhos classificados como Reservados não seguem regras ou legislações específicas. Já os vinhos da categoria Reserva costumam obedecer a critérios mais rigorosos, enquanto os Gran Reserva estão sujeitos a normas ainda mais restritas, sobretudo em regiões tradicionais da Europa.
“Existem vinhos Reservados simples e agradáveis, que cumprem bem a proposta da categoria, assim como Gran Reservas mais complexos, com sabores intensos e maior estrutura. No fim das contas, o melhor vinho será sempre aquele que mais agrada ao paladar e se adequa ao momento de consumo”, explica a sommelière Thamirys Schneider.
Os vinhos do estilo Reservado tendem a ser jovens, leves e fáceis de beber. São comuns em países do chamado Novo Mundo, como Chile, Argentina e Uruguai, e se destacam pelos aromas frutados e pelo frescor. Por isso, costumam agradar quem está começando a explorar o universo do vinho ou procura opções descomplicadas para o dia a dia.
Já o termo Reserva pode assumir significados diferentes conforme a região produtora. Na América do Sul, o uso é mais flexível e, muitas vezes, indica apenas uma seleção mais cuidadosa das uvas ou algum período de amadurecimento. Em geral, esses vinhos apresentam mais estrutura e complexidade do que os Reservados. Em países do Velho Mundo, como Espanha e Itália, a denominação é regulada por lei e exige períodos mínimos de envelhecimento, tanto em barricas quanto em garrafa.
Na Espanha, por exemplo, um vinho tinto rotulado como Reserva pode precisar envelhecer por pelo menos 36 meses, sendo parte desse tempo obrigatoriamente em barricas de carvalho. Já o termo Gran Reserva indica um período de envelhecimento ainda mais longo e rigoroso, embora os critérios exatos variem conforme a denominação de origem e a região produtora.
De maneira geral, pode-se considerar uma escala crescente de complexidade que vai de Reservado a Reserva e Gran Reserva. Os primeiros são indicados para o consumo cotidiano; os Reservas, para quem busca mais estrutura e notas evoluídas; e os Gran Reservas, para experiências mais elaboradas e vinhos de longa guarda.