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Foto: Acervo Pessoal
Embora representem 90% dos negócios do país, gerem 75% dos empregos formais e respondam por 65% do PIB, segundo o Banco Mundial, as empresas familiares brasileiras ainda enfrentam um enorme desafio: sobreviver ao tempo. Apenas 30% conseguem chegar à segunda geração — e o maior obstáculo não está nas finanças, mas nos conflitos emocionais.
É o que explica Dayane Araújo Sobral, advogada especialista em Planejamento Sucessório e Conflitos Patrimoniais, que atua há anos na prevenção e mediação de disputas em famílias empresárias.
Segundo ela, a transição geracional é o momento mais crítico para a continuidade do negócio.
“Muitas empresas não fracassam por falta de dinheiro, mas por excesso de conflitos. Divergências entre irmãos, falta de preparo dos sucessores e ausência de regras claras de gestão criam um terreno fértil para disputas que desestabilizam completamente a empresa”, afirma.
Um estudo do IBGC reforça essa dinâmica: 42% das rupturas societárias têm origem em brigas familiares, superando problemas de gestão (35%) e dificuldades financeiras (26%).
Para Dayane, a raiz do problema está na falta de mecanismos formais que delimitem as fronteiras entre família, patrimônio e empresa.
“A maioria não possui documentos que orientem a relação entre os sócios. Questões objetivas acabam virando conflitos pessoais — e isso gera desgaste emocional, perda de produtividade e até dissolução societária.”
A especialista defende que práticas de governança familiar são fundamentais para reduzir tensões e aumentar as chances de longevidade. Entre os principais instrumentos, ela destaca:
Segundo Dayane, o momento ideal para implementar essas medidas não é durante a crise, mas antes dela.
“Quando o conflito chega, o consenso fica mais raro. Famílias organizadas protegem o patrimônio; famílias desorganizadas desorganizam o negócio.”
Ela resume esse processo como a construção de uma “zona de consenso”, uma fronteira clara entre afetos e decisões empresariais.
“Família é família; negócio é negócio. Quando isso está definido, as chances de a empresa superar gerações aumentam significativamente.”
Para ela, investir em governança é investir em futuro:
“É sobre construir um legado capaz de atravessar décadas.”
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