Saúde

Vitiligo se torna foco de dúvidas após BBB 22, saiba mais sobre o assunto

Vitiligo se torna foco de dúvidas após BBB 22, saiba mais sobre o assunto
Da Redação

Da Redação

09/05/2022 5:00pm

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o vitiligo atinge cerca de 0,5% da população mundial. No Brasil, mais de 1 milhão de pessoas possuem diagnóstico da doença, que é identificada pela perda total da pigmentação em partes da pele. A patologia, que não é contagiosa, mesmo não tendo uma causa específica e definida, pode se desenvolver em qualquer pessoa a partir da ansiedade, do estresse, do trauma físico e pelo contato com algumas substâncias químicas.

 A participação da mineira Natália Deodato no Big Brother Brasil 22 levantou diversas discussões sobre o vitiligo. Além das muitas dúvidas sobre como a doença se desenvolve e os principais cuidados que se dever ter, surgiram questionamentos sobre a qualidade de vida e a saúde emocional de quem vive com essas pequenas lesões espalhadas pelo corpo.

“A doença ocorre através da destruição das células que são responsáveis pela produção de melanina: os melanócitos”, explica a Dra. Larissa Abreu, formada em medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), especialista em dermatologia e uma das profissionais do corpo clínico da Áurea Dermatologia Integrada. A médica pontua que não existe cura para o vitiligo, mas que pode ser feito o controle e a repigmentação das áreas acometidas, através de tratamento e acompanhamento médico.

Os cuidados após o diagnóstico são essenciais para evitar lesões devido à exposição excessiva ao sol. De acordo com a dermatologista, é necessário evitar o uso de roupas muito justas, controlar o estresse e evitar contato com substâncias derivadas do fenol, por exemplo.

“É de suma importância que o paciente mantenha os cuidados de proteção, como o uso do protetor solar na face e no corpo, roupas de proteção UV, óculos escuros, chapéus e bonés, e evitar a exposição em horários de maior incidência de radiação UV, ou seja, entre as 10 e as 16 horas”, alerta a dermatologista.

Natália foi diagnosticada com vitiligo quando criança, aos 9 anos de idade, e no início tentava esconder as manchas. Esse sentimento de vergonha e mal estar estético acomete grande parte dos pacientes. No entanto, nomes como Sophia Alckmin, Luiza Brunet e a top model Winnie Harlow exaltam a beleza das pessoas com vitiligo.

Para a dermatologista Larissa Abreu, reconhecer e valorizar a singularidade de cada pessoa é fundamental para a quebra de estereótipos e valorização da beleza única que se manifesta através das diferenças. Com a popularização da internet e a reformulação dos padrões estéticos, por exemplo, temos visto, cada vez mais, representatividade em produtos comerciais e isso tende a gerar um impacto positivo na autoestima dos pacientes.