Saúde

Verão laranja: atenção ao câncer de pele

Verão laranja: atenção ao câncer de pele
Da Redação

Da Redação

22/01/2022 4:00pm

O verão traz com ele muitas maravilhas, porém, também traz riscos à saúde, principalmente à pele. Por isso, a campanha “Verão laranja” visa promover a conscientização sobre a prevenção e sinais do câncer de pele. 

Devido a maior liberação após quase dois anos de pandemia e isolamento social, não somente o brasileiro como os turistas poderão aproveitar a estação mais aguardada do ano. Porém, respeitando os cuidados ainda necessários para evitar o contágio da covid-19 e sem esquecer dos cuidados de sempre. 

A empolgação com o período não pode levar ao descuido com a saúde, por isso, os cuidados para prevenir o câncer de pele - o mais comum do país - devem ser redobrados. O câncer de pele representa cerca de 185 mil novos casos registrados a cada ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). E, embora muitos acreditem que saibam lidar com o sol por viverem em um país tropical, Rodrigo Perez Pereira, líder da especialidade de câncer de pele do Grupo Oncoclínicas, explica que, em geral, a população ainda comete muitos deslizes na hora de se cuidar.

“O brasileiro ainda desconhece os fatos mais importantes sobre o câncer de pele, acreditando em alguns mitos como achar que pessoas de pele mais escura não precisam se proteger do sol. O câncer de pele pode atingir a todos e é preciso redobrar os cuidados no verão”, comenta o especialista. 

Os dados do INCA dizem respeito a dois tipos de câncer: o câncer de pele não melanoma e o câncer de pele melanoma, somados. O mais comum deles, o não melanoma, possui altos índices de cura quando é detectado e tratado precocemente. Já o melanoma é considerado grave, com altos índices de letalidade. 

“É necessário ficar alerta se surgir alguma mudança no aspecto de alguma pinta, como aumento de tamanho, variação de cor, perda da definição de bordas ou ainda quando as bordas ficam irregulares e sangramento”, explica Rodrigo, sobre os sintomas do melanoma. 

As alterações das manchas escurecidas ou pintas, sejam de nascença ou que mudam conforme o tempo, podem ser classificadas no sistema "ABCDE", ou seja, Assimetria, Bordas irregulares, Cor, Diâmetro e Evolução:


●   Assimetria: quando a metade da lesão não é igual a outra parte;

●   Bordas: quando a mancha, sinal ou pinta possui um contorno irregular;

●   Cor: caso a lesão tenha cores diferentes, entre vermelho, marrom e preto;

●   Diâmetro: quando a lesão apresenta um diâmetro maior do que 6 mm;

●   Evolução: caso a lesão apresente mudanças em suas características ao longo do tempo, como tamanho, forma e cor.


Por isso com as altas temperaturas vêm as campanhas de conscientização, a exemplo do Verão Laranja, promovido pelo Instituto Oncoclínicas -  iniciativa do corpo clínico do Grupo Oncoclínicas para promoção à saúde, educação médica continuada e pesquisa. O objetivo é ressaltar duas importantes informações:  proteja sempre a pele contra os raios solares e busque aconselhamento especializado se notar algo diferente na pele para que o diagnóstico aconteça o quanto antes.

Fatores de risco: 

Independentemente da classificação do câncer de pele, os fatores que aumentam o risco são os mesmos: a exposição prolongada e repetida ao sol, sem uso de proteção adequada (especialmente na infância e adolescência). Ter a pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros, ou ser albino (ou possuir histórico familiar) também figuram como fatores que contribuem para o aumento no risco, o que não significa que pessoas de pele mais escura não devam se proteger.

“A irradiação ultravioleta do sol - conhecida como raio UV - é a principal vilã no câncer de pele. Continuada, ou mesmo intermitente, como em períodos de férias, por exemplo, se feita de maneira não protegida, pode ser considerada um fator de risco preocupante”.

O oncologista ainda ressalta que, além das pessoas que possuem histórico familiar e exercem profissões que exigem exposição solar diária, os tabagistas também podem estar mais suscetíveis a desenvolver câncer de pele.

“Além disso, os portadores de algum tipo de imunossupressão também podem ter seu risco aumentado. Porém, tais grupos de risco não invalidam a necessidade de cuidado em todo o tipo de pele”.

Para o tratamento, é muito importante que o especialista avalie o estágio da doença, porém, em grande parte dos casos, a cirurgia é suficiente. "Vale lembrar ainda que, caso sejam necessários, o tratamento oncológico com imunoterapia ou terapia alvo, além da radioterapia podem ser um complemento no processo do tratamento destes pacientes", comenta Rodrigo Perez Pereira.

Para saber mais, acesse https://www.grupooncoclinicas.com/movimentopelavida