Solidão e perdas aumentam riscos à saúde mental dos idosos
Especialista do CEJAM alerta para sinais de sofrimento psíquico e reforça a importância das redes de apoio no Setembro Amarelo
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O processo de envelhecimento costuma vir acompanhado de perdas, limitações e mudanças sociais que tornam os idosos mais vulneráveis ao sofrimento psíquico. No Setembro Amarelo, campanha de prevenção ao suicídio, especialistas chamam atenção para a necessidade de apoio contínuo, já que a taxa de mortalidade por causas relacionadas à saúde mental entre pessoas com mais de 70 anos quase dobra em relação à média nacional.
Segundo a psicóloga Ligia Kaori Matsumoto, do Hospital Dia M’Boi Mirim I, gerenciado pelo CEJAM, fatores como solidão, violência e a dificuldade de acesso a serviços de saúde ampliam os riscos de adoecimento emocional. Ela destaca que sinais como isolamento, perda de interesse e falas sobre desesperança não devem ser naturalizados como parte do envelhecimento.
A especialista reforça que a presença ativa da família, a integração comunitária e a escuta atenta são fundamentais para preservar a saúde emocional dos mais velhos. “Cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo, especialmente na terceira idade”, conclui.