Animais de estimação passam a integrar a rotina de cuidado das famílias

Acervo Dolce Pet

O Brasil ocupa hoje a terceira posição no ranking mundial de países com maior número de animais domésticos. São cerca de 149,6 milhões de pets, segundo dados do Instituto Pet Brasil (IPB), em um país com pouco mais de 215 milhões de habitantes. O número reflete uma mudança clara de comportamento: para grande parte da população, os animais deixaram de ser apenas companhia e passaram a ocupar um espaço afetivo dentro da estrutura familiar.

Esse vínculo se traduz em gestos cotidianos. Os pets dormem na cama, participam de viagens, aparecem em registros de aniversários e influenciam decisões que vão da escolha da casa ao planejamento financeiro. Como consequência, o cuidado com os animais também ganhou novos significados, deixando de ser apenas funcional para se tornar parte de uma rotina de saúde, carinho e atenção.

Nos últimos anos, o mercado pet acompanhou essa transformação. Tutores passaram a buscar não apenas alimentação adequada e acompanhamento veterinário, mas também soluções voltadas ao conforto, à higiene e ao bem-estar. Banhos mais frequentes, escovação regular e o uso de produtos específicos para cada tipo de pelagem e sensibilidade passaram a integrar a rotina de quem entende o cuidado como prevenção e qualidade de vida.

Esse movimento reflete uma visão mais consciente sobre a relação entre humanos e animais. Manter o pet limpo, confortável e saudável não é apenas uma questão estética, mas parte de um compromisso com o bem-estar físico e emocional do animal — e, muitas vezes, do próprio tutor. Estudos já apontam benefícios psicossociais da convivência com pets, como redução do estresse, melhora da saúde mental e fortalecimento de vínculos afetivos.