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Diante da repercussão dos dois casos recentes de botulismo notificados no Brasil, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) emitiu uma nota de esclarecimento, assinada pelo presidente da sociedade, Volney Pitombo, e por Maria Roberta Cardoso, do Capítulo de Cosmiatria, sobre a aplicação da toxina botulínica e a segurança do procedimento estético quando realizado corretamente.
Segundo a entidade, os casos registrados ainda estão sob investigação das autoridades de saúde e estão relacionados ao uso terapêutico da substância — no tratamento de espasticidade muscular e enxaqueca — onde as doses utilizadas costumam ser maiores do que as prescritas para fins estéticos. As ocorrências foram notificadas nas cidades de Salvador (BA) e Natuba (PA), sem informações detalhadas sobre a toxina utilizada, a dosagem aplicada ou a qualificação do profissional responsável.
A SBCP lembra que estudos científicos desde os anos 1990 comprovam a segurança da toxina botulínica quando utilizada conforme as recomendações dos fabricantes. No Brasil, mesmo com milhões de procedimentos realizados, não há registros semelhantes até o momento.
A entidade também alerta que complicações relacionadas ao uso da toxina podem estar associadas a fatores como:
✅ Uso de produtos falsificados ou sem registro na Anvisa;
✅ Aplicação por profissionais sem qualificação médica;
✅ Erros na dosagem ou diluição inadequada, resultando na difusão sistêmica da toxina.
Por fim, a SBCP reforça que a toxina botulínica, quando aplicada corretamente por um médico capacitado e utilizando produtos regulamentados, possui um excelente perfil de segurança. A entidade reafirma seu compromisso com a saúde da população e a prática responsável da cirurgia plástica e dos procedimentos estéticos.