“Vacinas salvam vidas”. Essa é uma campanha que ganhou as redes sociais e a mídia nos últimos tempos, sobretudo, com o avanço da imunização contra a COVID-19 no Brasil e no mundo. Mas, a frase serve como um lembrete e um alerta para as demais doenças que necessitam de imunizações. “A vacina é um avanço científico que, há muitos anos, vem salvando muitas vidas e aumentando consideravelmente a longevidade da população. Vacinar, não só salva vidas, como permite aos indivíduos a viverem melhor e mais saudáveis”, avalia o infectologista e consultor médico do Sabin Imunização, Claudilson Bastos.
Com o isolamento social adotado como principal forma de prevenção e combate à pandemia, algumas atividades essenciais como fazer exercícios físicos, cuidados com a alimentação, consultas médicas e realização de exames periódicos foram deixadas de lado. “O mesmo ocorreu com a rotina de vacinação. As pessoas não tiveram a devida atenção para manter esse cuidado”, avalia o infectologista.
O Ministério da Saúde define, anualmente, o calendário vacinal que prevê uma rotina com todas as vacinas necessárias para crianças, adultos e idosos, e doenças como sarampo, febre amarela e influenza, dentre outras, estão presentes nessas recomendações. Ao acompanhar corretamente o cronograma estabelecido pelo Ministério, além da própria proteção, epidemias podem ser evitadas. “A imunização é um componente chave do serviço essencial de saúde. Quando a população está protegida e há imunização coletiva, podemos evitar um desgaste do setor de saúde, principalmente durante um período que sobrecarrega o serviço de saúde, como uma pandemia” explica Bastos.
O médico afirma que a vacina estimula o corpo a produzir anticorpos para se defender contra os microrganismos e que crianças menores de cinco anos, gestantes, idosos e outros grupos de risco devem ter sempre como meta a atualização do cartão de vacinas. “Também, por exemplo, o mundo está vendo que, na situação atual da pandemia do COVID, a maioria dos casos está sendo em pessoas vacinadas, o que muito nos preocupa”, alerta.
A médio e longo prazo, as consequências para a população podem ser preocupantes. De acordo com Claudilson Bastos, ter uma alta taxa de pessoas não vacinadas contra múltiplas doenças, pode ser ainda pior do que a pandemia. “A vacinação deve ser iniciada logo após o nascimento porque é uma das formas mais importantes de prevenção contra doenças causadas por vírus e bactérias. Algumas doenças, para as quais já existem vacinas, podem ser muito graves, com risco de óbito ou sequelas”, explica o infectologista.