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O Ministério da Saúde anunciou que o Implanon, um implante hormonal subcutâneo altamente eficaz, passa a ser oferecido gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A medida amplia o acesso a métodos contraceptivos de longa duração e representa um avanço importante na saúde reprodutiva das brasileiras.
O Implanon é um pequeno bastão inserido sob a pele do braço, que libera progesterona de forma contínua por até 3 anos, sem necessidade de manutenção diária. O método é indicado para mulheres que buscam praticidade e alta eficácia, mas, como todo anticoncepcional hormonal, precisa de avaliação médica.
“Não existe um único método ideal para todas. O Implanon é moderno e eficaz, mas deve ser indicado com base no perfil de saúde de cada paciente”, explica o ginecologista Dr. Vamberto Maia Filho, especialista em reprodução humana.
Quais métodos o SUS oferece atualmente?
Com a inclusão do Implanon, o SUS agora disponibiliza dez métodos contraceptivos gratuitos, incluindo hormonais, de barreira e definitivos. Conheça as opções:
🔹 Pílula combinada (estrogênio + progesterona)
Boa eficácia, mas exige uso diário. Contraindicada em alguns casos de problemas cardiovasculares.
🔹 Minipílula (só progesterona)
Indicada para mulheres que amamentam ou não podem usar estrogênio.
🔹 Injetáveis mensais ou trimestrais
Práticos para quem prefere não tomar comprimidos, mas podem causar irregularidade menstrual.
🔹 Implanon (implante subcutâneo)
Alta eficácia, duração de 3 anos, boa opção para adolescentes ou quem esquece a pílula.
🔹 DIU de cobre
Método não hormonal, eficaz por até 10 anos. Pode aumentar o fluxo menstrual e as cólicas.
🔹 DIU hormonal (levonorgestrel)
Dura até 8 anos, reduz sangramentos. Indicado para quem tem endometriose ou fluxo intenso.
🔹 Preservativos (masculino e feminino)
Previnem gravidez e infecções sexualmente transmissíveis. Uso recomendado em qualquer relação casual.
🔹 Diafragma
Método de barreira menos comum no Brasil. Deve ser usado com espermicida.
🔹 Laqueadura tubária
Cirurgia definitiva indicada para mulheres que não desejam mais engravidar.
🔹 Vasectomia
Procedimento simples e definitivo para homens.
O que considerar ao escolher um método?
Segundo o Dr. Vamberto, os métodos mais indicados do ponto de vista da saúde pública são os de longa duração, com baixa manutenção e bom perfil de segurança hormonal, como o Implanon e o DIU hormonal.
No entanto, mulheres com histórico de trombose, enxaqueca com aura, hipertensão descontrolada ou que fumam acima de 35 anos devem evitar métodos hormonais e optar por alternativas como o DIU de cobre ou preservativos.
“A escolha deve ser individual. O que funciona para uma mulher pode ser inadequado para outra. A consulta com o ginecologista é essencial”, reforça o médico.
Por que a chegada do Implanon ao SUS é importante?
Com valor que varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil na rede privada, o Implanon agora estará disponível gratuitamente para a população. A previsão do Ministério da Saúde é distribuir 1,8 milhão de unidades até 2026, sendo 500 mil ainda em 2025.
A iniciativa amplia o acesso à contracepção segura, fortalece a autonomia das mulheres e reduz desigualdades sociais. Mas o médico faz um alerta: “Mais opções não substituem a orientação adequada. Contracepção é uma questão de saúde, não de conveniência.”
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