Hospital Mater Dei Salvador sedia a 5ª edição do evento “Todo Parto Importa”
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Até 2030, mais de 1 bilhão de mulheres no mundo estarão na menopausa, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda assim, o tema continua cercado por tabus e desinformação. Em Salvador, a mastologista Dra. Anna Paola Noya Gatto, fundadora da Clínica da Mulher, vem se destacando ao trazer um novo olhar sobre essa fase da vida feminina — que, para ela, representa uma nova etapa da medicina: mais sensível às transformações hormonais e mais atenta ao bem-estar das pacientes.
Com mais de 38 anos de atuação, Dra. Anna chama atenção para o fato de que os sintomas hormonais não começam apenas com o fim da menstruação, mas muito antes, na chamada perimenopausa, fase que pode se estender por mais de uma década. “Há mulheres com sintomas intensos mesmo menstruando. E, muitas vezes, elas escutam que está tudo normal porque os exames não mostram alterações hormonais. Mas o corpo está dando sinais claros”, afirma.
Menopausa e perimenopausa: o que é preciso entender
Menopausa é o nome dado ao momento em que a mulher completa 12 meses consecutivos sem menstruar, geralmente entre os 45 e 55 anos. No entanto, os sintomas da transição hormonal começam bem antes. Ciclos menstruais irregulares, ganho de peso, inchaço, dores nas mamas, enxaquecas, alterações de humor e ansiedade são apenas alguns dos sinais mais comuns da perimenopausa, frequentemente confundidos com estresse, depressão ou envelhecimento precoce.
“Esses sintomas estão associados ao declínio de hormônios como o estrogênio, e precisam ser tratados com cautela e individualização”, explica a médica.
Reposição hormonal: mais segurança, mais qualidade de vida
A Terapia de Reposição Hormonal (TRH) é, segundo Dra. Anna, uma aliada importante para aliviar — e em muitos casos eliminar — os sintomas causados pelas oscilações hormonais. Hoje, com os avanços da medicina, o tratamento pode ser feito de forma muito mais segura, com doses personalizadas e vias de administração adaptadas ao perfil clínico de cada mulher.
“A dose ideal é aquela que devolve qualidade de vida com segurança. A TRH não pode ser padronizada, ela precisa respeitar o histórico e o momento de cada paciente”, reforça.
Ela lembra ainda que sintomas silenciosos como fadiga, insônia, perda de memória, dores articulares e baixa libido podem ter origem hormonal e, muitas vezes, passam despercebidos até mesmo por profissionais da saúde.
Cuidados e contraindicações
Com o avanço das pesquisas e o uso criterioso da reposição hormonal, as contraindicações hoje são mais restritas. “Mulheres com hipertensão, diabetes controlado ou até mesmo com histórico de alguns tipos de câncer podem, em muitos casos, ser avaliadas para reposição. O importante é investigar com profundidade e cuidado”, diz a médica.
Além disso, ela faz um alerta: continuar menstruando após os 55 anos pode aumentar o risco de câncer de mama e endométrio. Por isso, reforça a importância de um acompanhamento médico contínuo e atento.
Uma fase de plenitude, não de decadência
Na contramão da visão que associa a menopausa à perda de vitalidade, Dra. Anna defende que, quando bem acompanhada, essa pode ser uma das fases mais lúcidas e autênticas da vida da mulher.
“É hora de desmistificar a menopausa como decadência. A mulher precisa se sentir acolhida, ouvida e respeitada. E nós, médicas, temos o dever de oferecer uma abordagem empática e atualizada, que acompanhe os avanços da ciência e as necessidades reais das pacientes”, conclui.
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