Saúde

Dormir bem pode reduzir risco de infertilidade em mulheres

‘Hormônio do sono’ contribui para a regulação das funções do ovário, podendo favorecer a fertilidade e o tratamento de doenças hormonais

Dormir bem pode reduzir risco de infertilidade em mulheres
Ana Virgínia Vilalva

Ana Virgínia Vilalva

21/04/2023 9:04pm

Dormir bem pode ser um grande aliado para a saúde feminina, especialmente quando se trata de fertilidade e doenças hormonais. Isso se deve em grande parte à produção natural de melatonina, o hormônio do sono, que é produzido principalmente no cérebro pela glândula pineal, mas também por vários outros órgãos. A melatonina afeta uma variedade de funções corporais e atua como um potente antioxidante e agente imunoativo.

Pesquisas recentes apontam para a importância da melatonina na regulação de funções ovarianas e no tratamento de doenças estrógeno-dependentes, como a Síndrome do Ovário Policístico, Falência Ovariana Prematura e endometriose. A falta ou insuficiência do hormônio pode estar relacionada à infertilidade e ao desenvolvimento dessas condições.

Além de sua ação antioxidante, a melatonina também controla a função ovariana regulando a produção de hormônios sexuais, o que pode diminuir ou aumentar suas concentrações. É importante destacar que durante a noite, a concentração de melatonina no sangue e nas células é cerca de 3 a 10 vezes maior.

Mulheres que têm problemas hormonais, como a SOP, FOP e endometriose, podem se beneficiar da ação anti-inflamatória da melatonina. Além disso, a ação antioxidante da melatonina ajuda na proteção embrionária, melhora a qualidade do endométrio e do óvulo, diminui sensibilidade à insulina e alivia os sintomas das tensões pré-menstrual, favorecendo a qualidade de vida da mulher.

Por isso, manter um ciclo regular de atividades e sono é importante para a regulação do ritmo circadiano do corpo. Indivíduos que adotam um estilo de vida saudável, com dieta equilibrada e prática regular de exercícios tendem a dormir melhor e, consequentemente, ter mais saúde e qualidade de vida. É importante ressaltar que a suplementação de melatonina deve ser feita apenas com indicação médica e após avaliação clínica individualizada.