Saúde

Campanha Julho Amarelo reforça importância da prevenção e diagnóstico das hepatites virais

Campanha Julho Amarelo reforça importância da prevenção e diagnóstico das hepatites virais
Ana Virgínia Vilalva

Ana Virgínia Vilalva

30/06/2025 2:37pm

Foto: Freepik

Silenciosas e potencialmente graves, as hepatites virais continuam sendo um dos grandes desafios de saúde pública no Brasil. Para ampliar a conscientização sobre o tema, a campanha Julho Amarelo é promovida em todo o país ao longo do mês, com foco na prevenção, testagem e tratamento adequado dessas infecções que atingem o fígado e, muitas vezes, evoluem de forma assintomática.

De acordo com o Instituto Brasileiro do Fígado, estima-se que cerca de 1 milhão de pessoas convivem com hepatites virais sem saber, o que dificulta o diagnóstico precoce e favorece a propagação da doença. A hepatologista Lourianne Cavalcante, do Itaigara Memorial Gastro-Hepato Endoscopia, destaca que as formas de transmissão variam conforme o tipo do vírus, incluindo ingestão de água e alimentos contaminados, relações sexuais sem proteção, uso de objetos perfurocortantes não esterilizados e até transmissão vertical, de mãe para filho durante a gestação.

“Muitas vezes, a infecção não apresenta sintomas, o que afasta as pessoas dos serviços de diagnóstico. Quando eles surgem, incluem cansaço, enjoo, dor abdominal, icterícia, urina escura e fezes claras”, explica a médica.

Entre os diferentes tipos da doença, a hepatite A é transmitida principalmente por via fecal-oral, através do consumo de água ou alimentos contaminados. A vacinação e o saneamento básico são as formas mais eficazes de prevenção. Já a hepatite B, uma das mais comuns no país, pode ser transmitida por relações sexuais desprotegidas, contato com sangue contaminado ou durante a gestação. A vacina e o uso de preservativos são as principais formas de proteção.

A hepatite C é comumente contraída pelo contato direto com sangue contaminado, sendo frequente em situações como compartilhamento de agulhas ou instrumentos de manicure não esterilizados. Embora ainda não exista vacina, o tratamento disponível hoje tem altos índices de cura. Essa forma da doença é uma das principais causas de cirrose e transplante hepático. A hepatite D, por sua vez, afeta apenas quem já é portador da hepatite B, sendo mais frequente na região Norte do Brasil. A imunização contra a hepatite B também oferece proteção contra esse subtipo. Já a hepatite E é transmitida de forma semelhante à hepatite A, e preocupa especialmente gestantes, que podem apresentar quadros mais severos da doença.

O Itaigara Memorial Hospital Dia, em Salvador, oferece atendimento especializado para o diagnóstico, prevenção e tratamento das hepatites virais, com equipe médica qualificada, estrutura moderna e exames de alta precisão voltados para o cuidado integral da saúde do fígado e do sistema digestivo.