Gente

Sobrinha da Santa Dulce dos Pobres, Maria Rita Pontes compartilha sua história no Multiálogos

Sobrinha da Santa Dulce dos Pobres, Maria Rita Pontes compartilha sua história no Multiálogos
Ana Virgínia Vilalva

Ana Virgínia Vilalva

19/03/2024 3:52pm

O videocast Multiálogos desta semana reserva uma experiência emocionante: uma entrevista com a jornalista carioca, Maria Rita Pontes, sobrinha de Santa Dulce dos Pobres. O programa, conduzido por Marcelo Sacramento e Roberto Muniz, já pode ser acessado tanto no YouTube quanto no Spotify.

Durante o bate-papo, Maria Rita compartilha lembranças de sua infância e sua primeira visita a Salvador, ainda com meses de idade, para conhecer sua tia. Ela revela como essa experiência inicial influenciou sua jornada e como foi começar sua trajetória ao lado de uma mulher tão extraordinária como Santa Dulce.

“Sou carioca, mas já recebi o título de cidadã soteropolitana do meu querido amigo, já falecido, Antônio Lima. Então, me considero baiana. Eu nasci no Rio, mas ainda no colo da minha mãe eu fiz a minha primeira viagem de navio e vim conhecer a minha tia. Aí pude beber da seiva do amar e servir. Eu acho que a primeira mamadeira que ela me deu deveria estar com muito amor também, "né"? E a partir daí começou uma relação maternal e todas as minhas férias eu estava por aqui”, contou Maria Rita.

Além disso, a entrevistada revelou como foi sua jornada até a formação profissional e a importância da visita de sua tia ao Rio de Janeiro naquela época. Durante essa visita, Santa Dulce participou do programa de Flávio Cavalcanti, alcançando projeção nacional. Impressionado com o seu trabalho, Flávio Cavalcanti, ficou encantado com a obra dela, o que motivou Maria Rita a se aproximar ainda mais das atividades e promessas de auxiliar com sua profissão de jornalista, divulgando os seus trabalhos.

“Convivi com as dores e as delícias desse trabalho, no qual os primeiros anos foram extremamente difíceis, principalmente os três primeiros anos, eu diria. Primeiro por ter que conviver com a dor e o sofrimento dela. Ela já estava enferma e sem poder se comunicar com a gente, mesmo assim tentava falar com os olhares e gestos", recordou Maria Rita. "Ela procurava participar de tudo que acontecia e a gente a poupava dos piores momentos do dia a dia. O primeiro pãozinho que a gente fabricou na padaria que ela idealizou, ela pôde tocar, sentir a textura, e apesar de não poder comer, eu ia informando tudo pra que ela tivesse esse alívio de que a obra estava sendo tocada com a mesma filosofia”, concluiu a entrevistada.