O videocast Multiálogos desta semana reserva uma experiência emocionante: uma entrevista com a jornalista carioca, Maria Rita Pontes, sobrinha de Santa Dulce dos Pobres. O programa, conduzido por Marcelo Sacramento e Roberto Muniz, já pode ser acessado tanto no YouTube quanto no Spotify.
Durante o bate-papo, Maria Rita compartilha lembranças de sua infância e sua primeira visita a Salvador, ainda com meses de idade, para conhecer sua tia. Ela revela como essa experiência inicial influenciou sua jornada e como foi começar sua trajetória ao lado de uma mulher tão extraordinária como Santa Dulce.
“Sou carioca, mas já recebi o título de cidadã soteropolitana do meu querido amigo, já falecido, Antônio Lima. Então, me considero baiana. Eu nasci no Rio, mas ainda no colo da minha mãe eu fiz a minha primeira viagem de navio e vim conhecer a minha tia. Aí pude beber da seiva do amar e servir. Eu acho que a primeira mamadeira que ela me deu deveria estar com muito amor também, "né"? E a partir daí começou uma relação maternal e todas as minhas férias eu estava por aqui”, contou Maria Rita.
Além disso, a entrevistada revelou como foi sua jornada até a formação profissional e a importância da visita de sua tia ao Rio de Janeiro naquela época. Durante essa visita, Santa Dulce participou do programa de Flávio Cavalcanti, alcançando projeção nacional. Impressionado com o seu trabalho, Flávio Cavalcanti, ficou encantado com a obra dela, o que motivou Maria Rita a se aproximar ainda mais das atividades e promessas de auxiliar com sua profissão de jornalista, divulgando os seus trabalhos.
“Convivi com as dores e as delícias desse trabalho, no qual os primeiros anos foram extremamente difíceis, principalmente os três primeiros anos, eu diria. Primeiro por ter que conviver com a dor e o sofrimento dela. Ela já estava enferma e sem poder se comunicar com a gente, mesmo assim tentava falar com os olhares e gestos", recordou Maria Rita. "Ela procurava participar de tudo que acontecia e a gente a poupava dos piores momentos do dia a dia. O primeiro pãozinho que a gente fabricou na padaria que ela idealizou, ela pôde tocar, sentir a textura, e apesar de não poder comer, eu ia informando tudo pra que ela tivesse esse alívio de que a obra estava sendo tocada com a mesma filosofia”, concluiu a entrevistada.