Gravurista Bruno Costa ganha destaque na cena internacional

O artista baiano Bruno Costa, especializado em gravuras, tem conquistado crescente reconhecimento nos círculos artísticos do Brasil e do mundo. Seus trabalhos, que incluem xilografia, serigrafia, calcografia e litografia, já foram expostos em diversos países da Europa, Estados Unidos e África. Além de suas exposições, Bruno também atua como instrutor, compartilhando seu conhecimento em eventos e oficinas. No próximo dia 7 de julho, ele ministrará oficinas de xilogravura e desenho para crianças no Acervo da Laje, um espaço cultural dedicado ao Subúrbio Ferroviário de Salvador, Bahia. Na capital baiana, suas peças estão em exibição no Cine Glauber Rocha, na Casa das Histórias de Salvador, no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) e no Acervo da Laje.

A visibilidade de Bruno Costa começou a crescer em 2022, quando suas obras passaram a circular pelo MAM-BA. Desde então, ele já realizou diversas exposições, incluindo no Sesc Pompéia e Sesc Belenzinho, em São Paulo, no Instituto Itaú Cultural, na galeria Solar Ferrão em Salvador, entre outros. Além das gravuras, Bruno também produz camisas com temáticas raciais, buscando preservar a memória de povos escravizados e sequestrados durante a colonização através de suas máscaras.

Inspirado pela literatura de cordel, Bruno Costa destaca a importância da pesquisa em seu processo criativo. “Há todo um planejamento, estudo e disciplina. Até o acabamento final de uma peça, eu preciso pensar nos mínimos detalhes para que minha arte tenha uma identidade própria, original. Na execução, há todo um processo intelectual e de labor”, enfatiza o artista.

Sua obra tem atraído a atenção de acadêmicos e críticos. A antropóloga e curadora de fotografia Goli Guerreiro elogiou sua gravura "Candeeiro", apresentada na mostra “Tertúlias Visuais” no MAM-BA, destacando a profundidade e a inquietude presentes em seu trabalho.

Formado em Design pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Bruno também desenvolveu estampas e reestruturou a identidade visual da empresa soteropolitana Katuka Africanidades. Como designer gráfico, ele já produziu em diversas áreas, incluindo a identidade visual da terapeuta holística decolonial Maíra Fróes.

Bruno Costa enfatiza a importância de começar, estudar e buscar novas parcerias. “Comecei participando de feiras, realizando trabalhos para empreendedores amigos e pequenos negócios. Com a estamparia, iniciei cedo, vendendo camisas pintadas por mim mesmo antes de me formar. Foi assim que adquiri experiência e venho conquistando meu espaço”, declara o gravurista.