A capital baiana apresentou em fevereiro de 2024 um crescimento de 4,3% em VGV no comparativo com o mesmo período de 2023, O valor geral de vendas foi de R$ 169 milhões. Os números foram apresentados nesta quinta-feira (11) pela BRAIN Inteligência Estratégica, em pesquisa contratada pela ADEMI-BA (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia).
Apesar do resultado positivo em VGV, houve queda de 26,1% no número de unidades vendidas. Esses dados refletem um comportamento que Salvador vem vivenciando: a venda de empreendimentos com valores maiores, que se confirma com os lançamentos das unidades padrão luxo em janeiro e fevereiro de 2024, que totalizaram 11,1% das unidades lançadas.
Os bairros de Piatã, Pituba, Horto Florestal e Jaguaribe aparecem entre os que tiveram mais unidades vendidas, totalizando 35,3% das vendas em Salvador. Quando analisada a participação em VGV, o Horto Florestal, bairro com predominância dos lançamentos padrões luxo e super luxo, dominou 20,6% do VGV da capital baiana.
Outro aspecto positivo apresentado pela análise do primeiro bimestre está relacionado ao estoque de unidades. Das 5.360 unidades disponíveis em Salvador e Região Metropolitana, 81% do estoque está dentro do ciclo-mobiliário, ou seja, foram lançados no período de 1 ano. "Isso é importante porque mostra que o mercado está vivo, dinâmico", explica Claubert Barreto, consultor Norte e Nordeste da BRAIN.
A análise do mercado imobiliário contratada pela ADEMI-BA também trouxe importantes dados do cenário nacional, reforçando pontos favoráveis do macroambiente para o setor em 2024. O rendimento médio da população brasileira cresceu, alcançando a faixa de R$ 3 mil, o melhor momento dos últimos 10 anos. Além da renda média em crescimento, a economia vivencia a diminuição da taxa de juros e um bom movimento de crédito imobiliário. "São três pilares importantes e que sustentam o mercado: crédito imobiliário, taxa de juros e rendimento da sociedade. O ano de 2024 apresenta boas previsões nestes três pontos", diz Cláudio Cunha, presidente da ADEMI-BA.