O que torna um homem pai não cabe em estereótipos
Na contramão de estigmas e julgamentos, homens com deficiência assumem sua paternidade com coragem, afeto e presença real
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Ser pai é presença, é cuidado, é vínculo. Mas para muitos homens com deficiência, o simples desejo de exercer a paternidade ainda é visto com desconfiança. A sociedade insiste em questionar sua capacidade de amar, de proteger, de ensinar — como se a deficiência fosse um impeditivo para os afetos mais puros e verdadeiros. Mas não é.
A cada dia, pais cadeirantes, surdos, cegos ou com outras deficiências provam que amor não se mede por mobilidade, visão ou audição. Eles trocam fraldas, ajudam nas tarefas, vão às reuniões escolares, criam histórias e constroem memórias afetivas que nenhuma barreira física pode apagar. Mais do que isso: educam seus filhos com empatia, força e resiliência, ensinando na prática o que é vencer obstáculos com dignidade.
A paternidade de um homem com deficiência não precisa de romantização — precisa de respeito. E o que esses pais querem é apenas o direito de amar e ser amados, de cuidar e participar, como qualquer outro pai. Eles existem, resistem e transformam. E neste Dia dos Pais, que seus exemplos nos convidem a desconstruir estereótipos e ampliar a forma como enxergamos o que realmente importa: o amor em sua forma mais humana e inclusiva.
