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Amigo também se educa com o coração aberto

No Dia do Amigo, a coluna Inclusão em Pauta propõe uma reflexão sobre como o convívio com pessoas com deficiência ensina empatia, quebra o capacitismo e revela novas formas de enxergar a vida

Amigo também se educa com o coração aberto
Jacson Gonçalves

Jacson Gonçalves

20/07/2025 9:00pm

Crédito: Lomb / Support and Friendship: Men with Disabilities Embrace in a City Park (Stock Adobe)


Existem amizades que ensinam mais que qualquer curso ou palestra. Amizades que não apenas nos acompanham, mas que nos transformam. No contexto da inclusão, essa transformação ganha ainda mais potência. Ser amigo de uma pessoa com deficiência é aprender a escutar com mais presença, a respeitar ritmos diferentes, a compreender que acessibilidade não é um favor — é um direito.


O Dia do Amigo, celebrado em 20 de julho, é também um convite para repensar as relações afetivas sob o viés da empatia real. Muitas vezes, quem convive de perto com pessoas com deficiência se depara com barreiras invisíveis — aquelas que não estão nas calçadas, mas nos olhares e julgamentos. E é na amizade genuína que essas barreiras começam a cair.


Estar ao lado de uma pessoa com deficiência é, acima de tudo, um exercício de humanidade. É aprender que o capacitismo pode estar em pequenas atitudes e que é possível se reeducar para ser um aliado. Amigos que caminham juntos na inclusão deixam de apenas “ajudar” e passam a “construir” uma sociedade mais justa.


Nesta data especial, que tal olhar para suas amizades com mais consciência? Ser amigo de uma pessoa com deficiência não é um ato de caridade — é uma oportunidade de evoluir, de se despir de preconceitos e de aprender a amar com mais verdade.