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Setembro Amarelo e a valorização da vida

Setembro Amarelo e a valorização da vida
Da Redação

Da Redação

19/09/2023 7:30pm

O Brasil está inserido no ranking de países com maior número de pessoas com transtorno de ansiedade no mundo.  Inclusive, lidera esta classificação quando comparado aos países da América Latina, como aquele com o maior índice de ansiedade e depressão, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS. 2022). 

A ansiedade é uma resposta natural, um mecanismo de defesa que tende a nos proteger de situações e eventos que o nosso repertório mental traduz como um risco à nossa integridade física e psicológica. Logo, todos temos ansiedade em algum nível. Todavia, ela torna-se um transtorno, de fato, quando fica em um nível constantemente elevado. Como se o sujeito estivesse sempre em estado de alerta. E isso nos desgasta física e mentalmente. Sem intervenção, esse desgaste constante deprime os neurotransmissores a níveis que nos leva a angústia, tristeza e desânimo. Sintomas que, quando não tratados em terapia, evoluem para a depressão. 

A melhor forma de conseguir superar este quadro é buscar ajuda. E isso passa pela aceitação e compromisso consigo mesmo. Permitir-se ser cuidado parece algo simples, mas em uma sociedade individualista e competitiva como a nossa, que  está absorta em seus problemas sociais de sobrevivência e carência de coisas básicas, como alimentação, saúde e educação, uma pausa para cuidar de si mesmo pode ser lida, por muitos, como uma falta de bom senso. Logo, este se torna o passo principal: olhar para si com o mesmo carinho que se olha para alguém que você ame.

Devemos, a nós mesmos, esse amor por tudo que superamos ou resistimos diariamente. É necessário celebrar a vida. A nossa e a dos nossos. Devemos este cuidado a todos aqueles que fazem com que a nossa caminhada seja menos árdua, àqueles que nos arrancam um sorriso, aos que nos ajudaram a conquistar algo, ou simplesmente àquela pessoa que te acessou em algum momento da vida pedindo por ajuda. Como dito anteriormente, não é fácil reconhecer que está em um momento de fragilidade. Então, quando alguém chegar até você com esta súplica, por favor, atenda!

Somos todos responsáveis por uma sociedade mais saudável. Cuidar um do outro, sempre que for possível e permitido. O cuidar do outro começa por simples gentilezas e afetos. Somos uma sociedade tão adoecida em afeto, que dificultam ao máximo que o outro nos acesse. Mas, ainda há o que se possa fazer. Um bom dia com sorriso, compreender a dificuldade do outro sem julgamentos, afinal, você não faz ideia da história de vida ali contida.

"Amar o outro como a si mesmo" foi o mais importante mandamento. Mas ele começa no amar a si. Cuide-se!