Phygital evolui a conexão entre organizações e pacientes
Você já ouviu falar em Phygital? Se não, o termo refere-se à crescente fusão dos ambientes físico e digital, impulsionada pelo avanço tecnológico. Esta integraç...
Por: Jorge Khoury - Superintendente do SEBRAE-Bahia
O momento exige cuidado e atenção. Cuidado para que possamos agir em prol do que sempre será prioridade, em qualquer situação, que é a preservação de vidas humanas. Atenção para observar o cenário e lidar com os efeitos da crise gerada em mais de um ano de pandemia.
A crise sanitária, que levou centenas de milhares de vidas no Brasil, vem deixando também marcas profundas na nossa economia, como um de seus tantos efeitos colaterais. E esse é apenas um dos desafios com os quais teremos que lidar enquanto não vencermos esse inimigo em comum da humanidade.
Neste contexto, precisamos falar sobre os pequenos negócios, fortemente atingidos pelo impacto da crise econômica pela qual o Brasil e o mundo estão passando. A última pesquisa do SEBRAE que avalia os efeitos da crise da pandemia sobre as micro e pequenas empresas da Bahia mostra que 81% registraram queda no faturamento.
A imposição de mudanças no comportamento das pessoas fez também as empresas reavaliarem seus modelos de negócios. Nossa pesquisa revelou que 65% dos negócios no Estado funcionam com mudanças.
Vivemos sob um novo paradigma de consumo, em que o digital, antes visto como uma tendência, tornou-se uma necessidade de sobrevivência. Já é até obsoleto falarmos disso, até porque, a esta altura, as empresas que conseguiram inserir sua atividade no processo de transformação digital estão mais preparadas para o cenário que nos aguarda pós-pandemia.
E por que, do ponto de vista econômico, buscamos enfatizar o papel das micro e pequenas empresas? Podemos começar falando dos números. Os pequenos negócios representam a imensa maioria de empresas registradas no Brasil: 98%. Em todo o país, são mais de 17 milhões de micro e pequenas empresas.
Na Bahia, a realidade não é diferente. Os micro e pequenos negócios somam mais de 900 mil em todo o Estado. A maioria está nos setores de comércio e serviços, mas temos pequenos negócios por todas as áreas, da indústria ao agro. Esses empreendimentos respondem pela maioria dos empregos formais e têm uma importante participação no PIB nacional.
Portanto, quando uma crise impacta as micro e pequenas empresas, acerta em cheio a economia do país. Os pequenos sustentam famílias, fazem o dinheiro circular nos bairros, nos pequenos e grandes municípios. Os pequenos fazem a nossa economia girar.
É por isso que o momento exige cuidado e atenção. Sabemos que as medidas de restrição são amargas, porém, necessárias. É neste momento que o SEBRAE reforça o seu papel como principal parceiro das micro e pequenas empresas. Incentivamos que os brasileiros comprem do pequeno, lembrando sempre de pedir comida daquele pequeno restaurante da esquina da rua ou adquirir produtos da pequena padaria do bairro.
Iniciamos o ano de 2021 celebrando parcerias com entidades importantes, como os sistemas Fecomércio-BA, FIEB, FAEB, FCDL e FACEB, no intuito de levarmos soluções para os respectivos setores do comércio, serviços, turismo, indústria e do agronegócio. E muitas outras ações estão previstas ao longo dos próximos meses.
Nosso atendimento, on-line ou presencial, segue com o intuito de levar orientação e apresentar as soluções mais adequadas para o empreendedor neste momento. Mesmo com uma perspectiva de um ano ainda muito desafiador, precisamos manter o foco nos caminhos possíveis para resistirmos e atravessarmos esta crise.
A alma de um empreendedor é repleta de força e perseverança. Vemos a capacidade de resiliência frente a momentos tão turbulentos em cada um dos milhares de empreendedores que buscam o SEBRAE para apoiá-los nessa caminhada rumo a um horizonte mais esperançoso, no qual possamos, finalmente, vislumbrar um trajeto que nos leve de volta ao crescimento.
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