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O Grande Teatro dos Dados: uma tragédia cômica (com final feliz, se você acordar)

Por Adriano Sampaio, Analista de Inteligencia de Mercado e CEO da Duplamente Inteligência

O Grande Teatro dos Dados: uma tragédia cômica (com final feliz, se você acordar)
Da Redação

Da Redação

01/08/2025 6:16pm

Foto: Acervo Pessoal


Ah, sempre eles, os dados! Colecionamos com a mesma avidez de um esquilo no outono. Pilhas e pilhas de informações, relatórios que dariam inveja à Torre de Babel. Chega a ser irônico: até 87 % dos profissionais admitem que os dados são seu ativo mais negligenciado. E tem mais: estima-se que até 80 % dos dados de uma empresa nunca cheguem a ser usados. Parabéns aos “13 % restantes” – ou são aliens ou espertos demais.

O drama é simples. Consumidor decide em frações de segundo, guiado por impressões fugidias. Enquanto isso, você se perde em oceanos de números, em silos, relatórios obsoletos e a eterna pergunta: “O que eu faço com tudo isso?”. É o paraíso da complexidade, o inferno da ação.

Mas aí vem o plot twist: marcas fortes não nascem de relatórios gordos, mas de dois pilares magros:


– Ser Significativo (importar para alguém)
– Ser Diferente (não ser mais um)

Empresas que dominam isso aumentam seu valor de marca em bilhões — e têm chance duas vezes maior de sobreviver como líderes de mercado (McKinsey & Company). Os outros? Viram estatística nos obituários corporativos.

Mas como transformar esse conto em ação? A velha farsa está na forma de Brand Tracking tradicional: ferramentas lentas, desconectadas da realidade e úteis só como enfeite em powerpoints. Esperar semanas por um número enquanto o mercado muda em minutos? Deliciosamente anacrônico.

A salvação — com um toque sarcástico de tecnologia — passa por IA e integração radical. Imagine:

• Cruzar pesquisas de marca com vendas em tempo real?
• Analisar tendências diariamente, não trimestralmente?
• Receber alertas quando Significância ou Diferença despontam (ou caem)?

É o Brand Tracking ágil: redes sociais, buscas, NPS, CRM — todos conversando numa mesa redonda, destilados por IA em insights acionáveis hoje, não no próximo trimestre.

Se os indicadores-chave não mudam, é um convite irônico para sair da zona de conforto — ou da falência iminente.

Parar de colecionar dados como figurinhas é só o primeiro ato. O segundo: conectá-los com velocidade e foco estratégico — especialmente nos pilares Significância e Diferença. Esse é o que separa os heróis de mercado das notas de rodapé nos relatórios da concorrência. O palco está pronto. Você vai continuar na plateia ou subir nele? ea sua marca? significativa e diferente ou apenas mais um relatório atrasado?