Phygital evolui a conexão entre organizações e pacientes
Você já ouviu falar em Phygital? Se não, o termo refere-se à crescente fusão dos ambientes físico e digital, impulsionada pelo avanço tecnológico. Esta integraç...
Por Georges Humbert. Advogado, professor, pós-doutor, doutor e mestre em direito e Presidente do Instituto Brasileiro de Direito e Sustentabilidade
Querido Papai Noel. Escrevo essa carta pois, no Brasil, poucos sabem que somos dos sustentáveis do mundo. Somente não somos mais sustentáveis por causa dos problemas sociais e econômicos. Nosso gargalo é emprego, educação, saneamento, saúde, segurança. Por isso, resolvi apelar a você, bom velhinho.
Desejo que todos entendam o que é sustentabilidade. Saibam que não é o mesmo que ecologia. Que nada adianta preservar a natureza, se não cuidamos das pessoas. Que sustentabilidade é um tripé, que exige equilíbrio entre as partes para ficar em pé e dar certo. É preciso cuidar do ecológico, mas, especialmente, do econômico e do social, porque um povo sem dignidade, não é capaz de preservar a natureza.
Um pedido internacional. É para que o brasileiro pare de acreditar que o Brasil é vilão ambiental. Ao contrário. Os vilões são do primeiro mundo. Nós temos mais áreas nativas preservadas, mais animais, mais água limpa, melhores fontes de energia e ar mais limpo e menos poluído que a maior parte dos países que nos acusam e tentam fazer crer que não somos um dos países responsáveis por garantir a sustentabilidade, segurança alimentar, biogenetica e energética do planeta.
Nosso problema é a pobreza, analfabetismo, fome, moradia de risco, moradores de rua, doenças epidêmicas, e, para acabar com ele, precisamos explorar nossos recursos naturais, como todos os desenvolvidos já fizeram, só que, como somos melhores, faremos com racionalidade.
Precisamos explorar o gás, o petróleo, os minérios, construir mais, e eles nos pagarem uma compensação por tudo que devastaram por lá, e nós garantimos, preservado, por aqui.
Peço, também, para usarmos mais automóveis à álcool e biodiesel. É que essas são fontes renováveis de energia, genuinamente nacionais, que geram emprego e renda no campo e na cidade, e polui muito menos que um carro elétrico nos EUA ou na Europa.
Que o Brasileiro ouça menos os sensacionalistas, ditos cientistas, que disseram, há quarenta anos, que a Amazônia seria hoje um deserto.
E, menos ainda, os que alarmaram que o país pegava fogo e desmatamento, nos últimos 4 anos, mas se calaram para os maiores índices negativos, de 2023 e de 2006 a 2008.
Se me permite, um último desejo. Em vez de tanto alarde sobre a Amazônia, que está mais de 80% intocada e protegida, vamos cuidar do saneamento básico, porque cem milhões de brasileiros consomem água podre e suas fezes e urinas vão direto para o seu próprio habitat, pois não tem esgoto. Sem falar nos lixões à céu aberto. Nenhum bicho ou planta, no Brasil, vive do lixo. Mas mães e bebês, vivem do e no lixo.
Tinha muitos outros pedidos para essa Carta Sustentável. Que merece ser impressa em papel brasileiro, o único feito com 100% de floresta replantada e cujas indústrias preservam quase que 50% de vegetação nativa em suas áreas, mais do que os 20% da lei, e muito mais do que os menos de 5% da Europa e Eua.
Feliz Natal, ohhh bom velhinho, de trenó, cuidando de gente e fomentando a economia, portanto, sustentável, de verdade, como esta carta.
Ho, Ho, Ho!
Originariamente publicado em A Atarde, 24.12.2023, p. A2
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