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Entramos para a história: vivemos e sobrevivemos a 2020!

Entramos para a história: vivemos e sobrevivemos a 2020!
Monique Melo - Jornalista, assessora de comunicação e diretora da texto & Cia

Monique Melo - Jornalista, assessora de comunicação e diretora da texto & Cia

27/01/2021 10:50pm

Você já parou para pensar como relataria o ano em que a Terra parou e todos foram obrigados a ficar isolados em casa por conta de um vírus altamente contagioso e, em muitos casos, letal? Vimos tendências, que pareciam longínquas, entrarem em prática com rapidez, como é o caso do lucro com propósito, da sustentabilidade, da comunicação empática e da governança. O mundo não é mais o mesmo. O que mudou e o que aprendemos com o coronavírus?

A proximidade da finitude, com certeza, nos ensina a viver. A morte passou a nos rondar, perdemos entes queridos, deixando claro a vida como bem inegociável, a fragilidade do existir e o que realmente faz diferença e é essencial para nós. O tempo não volta, mas as oportunidades são muitas e tudo depende da nossa reflexão e das atitudes na construção da sociedade em que queremos viver.

Fechar os olhos e alimentar o saudosismo não é opção. O tempo é o agora. Nunca foi tão fácil e barato empreender ou colocar uma boa ideia em prática. O crowdfunding (vaquinha virtual), tão comum na internet, está aí para agilizar o processo, assim como as redes sociais para ajudar na comunicação e nas vendas. Zona de conforto não existe nem em empresa, independentemente do porte ou idade. Uma startup, com custos baixos, que resolva um bom problema, pode destruir impérios em pouco tempo. Como navegar nessa onda? Aprendendo a ser humano, investindo nas pessoas, tirando delas aquilo que nunca vamos encontrar nas máquinas.

"A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida" 
  (Vinicius de Moraes)

Líder do futuro

Com a mente aberta para aprender, calma e estratégias para andar pelo caos, criando soluções e o coração ativo para incluir, respeitar e amar, o líder do futuro impacta positivamente o seu entorno, servindo ao próximo. A ciência prova que pessoas felizes adoecem menos, são mais criativas, produzem mais e se relacionam bem. Como fazer para descobrir o seu propósito e deixar um legado? A resposta está no aprofundar do autoconhecimento, em analisar, principalmente, as situações adversas e, claro, em fazer boas perguntas, tendo cuidado com as suas escolhas, que resultarão nos seus hábitos e no que você vai vivenciar e colher amanhã.

A Inteligência Comunicacional é uma ferramenta que colabora muito com esse processo. Somos gregários, precisamos de conexões com outras pessoas para entendermos quem somos. Portanto, temos que domar o que pensamos, sentimos, fazemos e falamos.

Afinal, somos seres emocionais que pensam – e não o contrário. Temos que abrir espaço para o outro, escutar ativamente, desenvolver empatia e investir no conflito das opiniões divergentes, pois é assim que evoluímos. O que deve ser evitado é o confronto, que anula ou cancela o oponente. Isso é fácil demais, bom mesmo é se desafiar e treinar a paciência e o diálogo, criando pontes.

Necessitamos da liberdade para sermos, da equidade para nos desenvolvermos e da fraternidade para convivermos. As dificuldades da pandemia mostraram a nossa interdependência e como não podemos fechar os olhos para o sofrimento alheio. Provaram também o quanto somos adaptáveis, resilientes e podemos ser positivos em qualquer situação, já que o desafio é um aprendizado necessário para o nosso desenvolvimento. Isso vale para as empresas e para as pessoas.

O coworking (espaços e recursos de trabalho compartilhados), que é uma das maiores tendências para este novo ano, está aí para demonstrar o quanto a economia colaborativa é a resposta do futuro. O mundo agora é das marcas que se apoiam, que divulgam umas às outras e, até, das que são concorrentes saudáveis e criam projetos em união. O bom humor, a diversidade e as mãos dadas são as novas chaves do sucesso.

A responsabilidade é toda nossa, somos nós que escrevemos o enredo, não dá para terceirizar ou se vitimar, só piora. A paz mundial começa com a paz interior e a felicidade genuína é um estado de espírito que independe do cenário de fora e precisa ser trabalhada. Que 2021 seja cheio de esperança e fé. Não espere. Seja a sua melhor versão e faça acontecer! Ah, e se o medo aparecer? Levante a cabeça e leve ele junto com você. Só não se esqueça de levar mais gente também.