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Salvador celebra legado de Santa Dulce com programação especial no dia 26 de maio

Salvador celebra legado de Santa Dulce com programação especial no dia 26 de maio
Ana Virgínia Vilalva

Ana Virgínia Vilalva

24/05/2025 12:05pm

Fotos: OSID

Na próxima segunda-feira, 26 de maio, Salvador será palco de uma programação especial em homenagem a Santa Dulce dos Pobres, símbolo de compaixão e serviço ao próximo. A data celebra tanto o aniversário natalício da religiosa baiana — nascida em 1914 — quanto os 66 anos de fundação das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), um dos maiores complexos de saúde 100% gratuito do Brasil.

As homenagens acontecerão no Santuário Santa Dulce dos Pobres, localizado na Avenida Bonfim, com destaque para a Missa em Ação de Graças às 8h30, reunindo profissionais, voluntários, pacientes, moradores da OSID e devotos da santa. Estão previstas também celebrações às 7h, 12h e 16h.

Fundada em 26 de maio de 1959, a OSID realiza mais de 4 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano e acolhe mais de 3 milhões de pessoas na Bahia. Além da saúde, atua nas áreas de educação, assistência social, ensino e pesquisa científica. Entre os públicos atendidos estão idosos, pacientes oncológicos, pessoas com deficiência e em situação de rua, usuários de substâncias psicoativas, crianças e adolescentes em risco social, entre outros.

“Celebrar o nascimento de Irmã Dulce e a fundação da OSID são igualmente significativos, pois além de comemorarmos o dom da vida, homenageamos uma obra que representa seu legado e continua beneficiando tantas pessoas”, afirma Frei Ícaro Rocha, reitor do Santuário.

A história da santa teve início ainda na adolescência. Aos 13 anos, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes já acolhia doentes e mendigos na casa da família, no bairro de Nazaré. A residência ficou conhecida como "A Portaria de São Francisco" pelo número de necessitados que se reuniam ali. Em 1933, ingressou na vida religiosa e adotou o nome Irmã Dulce em homenagem à mãe. Canonizada em 2019, tornou-se a primeira santa brasileira reconhecida pela Igreja Católica.

Símbolo da fé e da solidariedade, a OSID surgiu a partir de um gesto simples: em 1949, sem ter onde abrigar 70 doentes, Irmã Dulce pediu autorização à superiora do convento para ocupar um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio, na capital baiana. A história se tornou símbolo da origem humilde de um dos maiores hospitais do estado.

Durante as celebrações, orações também serão dedicadas à continuidade e ao fortalecimento da missão da OSID. A instituição sobrevive graças à solidariedade da sociedade. Doações podem ser feitas pelo site doe.irmadulce.org.br ou por meio da Central de Relacionamento com o Doador: (71) 3316-8899, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h30.