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Dimitri Ganzelevitch reúne amigos e memórias em noite histórica no Solar do Santo Antônio

Autor celebrou o lançamento do livro Minha Vida de Jasmim e Outras Crônicas em evento que também marcou sua despedida da casa onde viveu por quatro décadas

Dimitri Ganzelevitch reúne amigos e memórias em noite histórica no Solar do Santo Antônio
Jacson Gonçalves

Jacson Gonçalves

28/07/2025 9:59pm

Fotos: Divulgação


O charme do Santo Antônio Além do Carmo ganhou novos contornos de emoção, arte e memória neste sábado (26), quando o Solar do Santo Antônio ficou tomado por amigos, admiradores e entusiastas da cultura baiana para prestigiar o lançamento do livro Minha Vida de Jasmim e Outras Crônicas, de Dimitri Ganzelevitch. A obra, que reúne cerca de 75 textos entre publicados e inéditos, foi celebrada com uma noite vibrante — e carregada de significados.


Mais do que um evento literário, o encontro foi uma despedida simbólica: o autor está deixando a casa onde viveu por quase 40 anos, cenário de tantos encontros, saraus e trocas culturais. Uma verdadeira instituição no bairro, Dimitri fez do Solar não apenas um lar, mas um ponto de referência para a arte e a preservação histórica no Centro Antigo de Salvador.


A programação contou com uma performance dirigida pelo cineasta Bernard Attal e estrelada pelos atores Rita Rocha, Igor Epifânio e Marcelo Flores, que deram vida a crônicas do livro em uma encenação emocionante. “Dimitri tem uma maneira singular de tratar o tempo e a memória. Ele escreve como quem vive: com profundidade, humor e beleza”, definiu Marcelo.


Durante a noite, o público pôde mergulhar no universo do autor — um colecionador de histórias, arte e afetos. As crônicas transitam entre lembranças de lugares por onde passou, reflexões sobre a pandemia, observações sensíveis sobre a Bahia e o olhar afiado de quem conhece profundamente os bastidores da cultura. “Sou eclético por natureza. Isso aparece nos meus textos sem nenhuma pretensão literária. Escrevo como quem vive”, declarou Dimitri, com o humor e a elegância que lhe são característicos.


A obra tem capa assinada por Nildão e projeto gráfico de Maria Helena Pereira da Silva, reunindo design, afeto e identidade em um livro que é, acima de tudo, uma declaração de amor à vida em suas muitas camadas.


“Essa noite foi muito além do que imaginei. Teve gente que não conseguiu entrar de tão cheio que ficou. É lindo ver essa casa se despedindo assim, cheia de vida, do jeito que sempre foi”, disse o autor ao final do evento.