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Trem Salvador–Feira de Santana avança após aprovação da ANTT e aguarda análise do Ministério dos Transportes

Trem Salvador–Feira de Santana avança após aprovação da ANTT e aguarda análise do Ministério dos Transportes
Da Redação

Da Redação

28/08/2025 2:00pm

Foto: Divulgação / TIC Bahia

O projeto da ferrovia que pretende ligar Salvador a Feira de Santana deu um passo importante para sair do papel. Na última quinta-feira (21), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou a análise de viabilidade técnica, econômica e ambiental do empreendimento, que agora segue para avaliação do Ministério dos Transportes, comandado por Renan Filho (MDB).

A proposta, elaborada pela empresa TIC Bahia, prevê a construção de uma linha férrea de 98 quilômetros, com capacidade para transportar até 85 mil passageiros por dia. A expectativa é reduzir o tempo de viagem entre as duas cidades de 1h11 para apenas 35 minutos. Além do transporte de passageiros, o projeto também contempla o escoamento de cargas, com trens que poderão circular a até 120 km/h.

O investimento estimado é de R$ 6,8 bilhões. Em operação plena, o trem deve transportar 23 milhões de passageiros por ano e gerar mais de 10 mil empregos diretos e cerca de 50 mil indiretos. Os impactos econômicos projetados ultrapassam R$ 60 bilhões, segundo o diretor técnico da TIC Bahia, engenheiro Danilo Ferreira. “É um projeto ímpar, que vai trazer transformações urbanas e logísticas e iniciar um novo ciclo de desenvolvimento para a Bahia”, destacou.

O trem, chamado de Intercidades Salvador–Feira, terá dez estações: oito de passageiros e duas voltadas ao transporte de cargas. Em Salvador, a principal estação será no bairro de Águas Claras, integrada ao VLT, ao metrô e à nova rodoviária. O percurso incluirá ainda paradas em Simões Filho, Candeias, São Sebastião do Passé, Santo Amaro e Conceição do Jacuípe, além de duas estações em Feira de Santana — Noide Cerqueira e Contorno.

A iniciativa é liderada pelo empresário Osvaldo Ottan, pelo engenheiro Danilo Ferreira e pelo advogado Ronaldo Mendes. Ottan ressaltou o potencial do projeto para impulsionar a infraestrutura e o desenvolvimento urbano dos municípios do trajeto.

Agora, cabe ao Ministério dos Transportes avaliar a compatibilidade do projeto com a política nacional ferroviária e definir se haverá aporte de recursos públicos para a obra.