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Museu dedicado à primeira santa brasileira ganha modernização e amplia acessibilidade
O Memorial Santa Dulce dos Pobres, que homenageia a trajetória da primeira santa brasileira, reabrirá suas portas no dia 5 de novembro, Dia Nacional da Cultura, com um novo espaço físico e expográfico. A revitalização do museu, localizado na Avenida Dendezeiros do Bonfim, em Salvador, incluiu a modernização dos ambientes e melhorias de acessibilidade para atrair visitantes de todas as idades e necessidades, desde crianças e idosos até pessoas com deficiência. A entrada será gratuita até o fim de 2024, com visitação disponível de terça a domingo, das 10h às 18h.
Inaugurado em 1993, o Memorial guarda objetos pessoais, documentos e imagens que preservam a memória de Santa Dulce, a “Mãe dos Pobres”. Um dos pontos de destaque é o quarto original da santa, onde permanece a cadeira na qual ela dormiu por quase três décadas. Agora, o museu oferece um novo roteiro, que começa no antigo galinheiro onde Irmã Dulce iniciou seu trabalho de acolhimento aos doentes em 1949, espaço que deu origem às Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), um dos maiores complexos de saúde com atendimento gratuito no Brasil.
“A proposta é que o visitante percorra a história de Santa Dulce e das suas Obras Sociais por meio de fotografias inéditas, elementos multimídia, obras de arte e outras formas de expressão, explorando desde o nascimento da santa até sua canonização”, explica Carla Silva, gestora do museu. A requalificação do Memorial foi possível graças ao apoio do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e parcerias com empresas como Ferbasa, Global Participações, PetroReconcavo, Cielo e Larco.
Uma viagem pelo legado do Anjo Bom
Com novos recursos de acessibilidade, como rampas, elevadores, monitores bilíngues e intérpretes de libras, o Memorial também incorpora um corredor lúdico voltado para o público infantil, que conta a história de Irmã Dulce com atividades recreativas. Outro espaço é dedicado à devoção da santa a Santo Antônio, com objetos e relatos que trazem aspectos inusitados dessa relação.
Maria Rita Pontes, superintendente das OSID e sobrinha de Santa Dulce, destaca a importância do espaço para a memória e a missão do Anjo Bom. “Queremos que cada visitante se sinta parte dessa história extraordinária de amor e solidariedade e se inspire a multiplicar o exemplo que ela nos deixou”, afirma.
Canonizada em 13 de outubro de 2019, Irmã Dulce atrai uma crescente devoção em todo o país, com mais de 600 mil visitas anuais ao Complexo Santuário em Salvador e 83 locais dedicados a ela no Brasil, entre igrejas e capelas.
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