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O Brasil avançou cinco posições no ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Saiu da 89ª para a 84ª colocação entre 193 países, com índice de 0,786 — o que o insere na faixa de desenvolvimento humano alto. O resultado reflete avanços em áreas como expectativa de vida e renda per capita, mesmo após os impactos da pandemia da Covid-19.
Apesar do progresso, a desigualdade social segue como um dos principais entraves ao pleno desenvolvimento do país. Quando ajustado para desigualdade — métrica que considera disparidades no acesso à saúde, educação e renda — o índice brasileiro cai para 0,594, o que rebaixa o país para a 105ª posição, dentro da categoria de desenvolvimento médio.
Na prática, isso significa que uma parte significativa da população brasileira não usufrui dos mesmos avanços obtidos em nível nacional. Enquanto alguns grupos têm acesso ampliado à educação de qualidade e serviços de saúde, outros ainda enfrentam dificuldades estruturais que limitam suas oportunidades de desenvolvimento.
A nova edição do relatório do Pnud também aponta que o Brasil permanece abaixo da média de IDH da América Latina e do Caribe (0,773), embora tenha superado países como Peru, África do Sul e Índia no ranking geral.
Especialistas apontam que, para alcançar um crescimento verdadeiramente sustentável, o Brasil precisa de políticas públicas voltadas à redução das desigualdades regionais, raciais e de gênero. A expansão de investimentos em educação básica, saúde pública e inclusão produtiva é considerada essencial para que os avanços nos indicadores não sejam apenas estatísticos, mas reais para toda a população.