Em 2024, Salvador se destacou como a terceira capital brasileira com maior valorização imobiliária, registrando um aumento de 14,18% nos preços dos imóveis residenciais entre janeiro e outubro. De acordo com o Índice FipeZAP, divulgado pelo DataZAP, a cidade ficou atrás apenas de Curitiba (15,46%) e João Pessoa (14,57%).
O economista Jason Morais explica que a valorização está intimamente ligada à taxa Selic definida pelo Banco Central. "Iniciamos o ano com a Selic estabelecida em 11,25% na primeira reunião do Copom em janeiro, com pequenas quedas durante o primeiro semestre, mas essa tendência se reverteu no segundo semestre, e, em novembro, mantivemos a mesma taxa", revela. Segundo Morais, uma redução na taxa de juros pode sustentar a valorização do setor imobiliário, enquanto novas altas podem reverter essa tendência.
Além disso, os dados mostram que os imóveis residenciais foram os mais beneficiados, com uma valorização de 12,3% de janeiro a setembro, enquanto os imóveis comerciais subiram 5,07% no mesmo período.
Bairros com serviços são opções atraentes
O crescimento da demanda por aluguel e a valorização imobiliária em Salvador estão fortemente ligados a áreas com alto adensamento populacional e comércio de rua ativo, além de boa infraestrutura urbana, acessibilidade e a presença de diversos serviços. Esses fatores contribuem para a valorização do preço do metro quadrado, que, atualmente, é de R$ 6.638, conforme o Índice FipeZAP de outubro.
Bairros como Mussurunga, Pernambués, Cajazeiras, Itapuã e Piatã se destacam como regiões com grande potencial de valorização. O eixo de ligação entre as avenidas Tancredo Neves e Paralela, incluindo bairros como Patamares e Stiep, também se mostra promissor para investidores, sempre que surgem novas oportunidades.