Cidade e turismo

Fligê transforma Mucugê em capital literária da Chapada Diamantina

Fligê transforma Mucugê em capital literária da Chapada Diamantina
Da Redação

Da Redação

15/08/2025 7:46pm

Fotos: Matheus Landim/GOVBA

Com o tema “Literatura: Rios e Matas da Narrativa”, a 8ª edição da Feira Literária de Mucugê (Fligê) foi aberta oficialmente nesta quinta-feira (14), consolidando-se como um dos principais eventos culturais da Bahia. Até domingo (17), a cidade da Chapada Diamantina se transforma em palco de literatura, arte, música e cidadania, com programação gratuita que envolve autores, leitores e a comunidade local.

O governador Jerônimo Rodrigues participou da abertura e destacou o investimento de R$ 2,5 milhões do Estado para a realização e estrutura do evento. “Eu tive condição de participar em 2019 como secretário de Educação, e hoje volto como governador para referendar não só com apoio financeiro, mas também com a presença de um professor que valoriza as feiras literárias como estímulo à escrita e à leitura”, afirmou.

A curadora da feira, Ester Figueiredo, explicou que o tema deste ano busca provocar reflexões sobre o papel da natureza na literatura e na preservação cultural. “Esse tema dialoga com diferentes linguagens — cinema, música, teatro —, sempre centrado na natureza. A Fligê é mais do que uma feira, é um encontro que deixa marcas na cidade e nas pessoas”, disse.

A programação inclui mesas literárias, lançamentos de livros, expografias, atividades infantis na Fligêzinha, sessões de cinema no Fligêcine, espetáculos teatrais e shows musicais. Há também o Espaço Bahia Presente, onde secretarias e órgãos do Estado apresentam projetos voltados à educação e à cidadania.

A secretária da Educação, Rowenna Brito, destacou a importância da feira para a democratização do acesso à leitura no interior. “Além da abertura, inauguramos uma escola de tempo integral. É a educação participando intensamente dessa feira literária”, disse. Já o secretário da Cultura, Bruno Monteiro, reforçou o papel do projeto Bahia Literária, que apoia iniciativas como a Fligê. “Ela tem repercussão nacional e internacional e reafirma a importância desses eventos na formação de novos leitores”, afirmou.

Moradores também celebraram a chegada da feira. O estudante Rafael Matos, 17 anos, contou que buscou participar de todas as oficinas. “Adoro estar incluso nesses eventos”. A professora e escritora Helena Medrado destacou a integração das escolas: “A Fligê é direcionada para crianças, adolescentes e jovens. Acho isso de um valor incrível”.

Além da dimensão cultural, o evento também movimenta a economia local. Para o secretário do Turismo, Maurício Bacelar, a feira fortalece o calendário de Mucugê. “Ela incrementa o fluxo turístico, aumenta a ocupação dos equipamentos e movimenta a economia da localidade”, afirmou.