Museu do Wanderley Pinho é reaberto após reforma e valoriza memórias de Candeias

Fotos: Joá Souza / GOVBA

O Governo da Bahia reinaugurou o Museu do Recôncavo Wanderley Pinho, localizado no antigo Engenho Freguesia, do século XVI, em Candeias, após ampla obra de restauro que incorporou novas exposições multimídia, iluminação cênica e espaços completamente renovados. A entrega do equipamento cultural foi realizada nesta segunda-feira (8) pelo governador Jerônimo Rodrigues, em cerimônia que reuniu moradores, gestores públicos e especialistas em patrimônio, marcando um novo ciclo de valorização da memória histórica do Recôncavo Baiano.

O museu passa a adotar uma abordagem mais educativa, tecnológica e sensível, com foco na valorização das identidades negras e indígenas e na ressignificação das narrativas sobre o ciclo do açúcar e a escravidão. A exposição temporária “Encruzilhadas” reúne 40 artistas brasileiros e africanos, como Mestre Didi, Pierre Verger, Rubem Valentim e Alberto Pitta, enquanto o acervo permanente conta com 260 peças históricas, sendo 141 restauradas, incluindo imagens sacras dos séculos XVII a XIX.

Com investimento estimado em R$ 42 milhões, por meio do Prodetur Nacional Bahia, o projeto incluiu o restauro das edificações, a urbanização do entorno, a instalação de um sistema de segurança com 136 câmeras e a construção de um novo atracadouro, permitindo o acesso pelo mar. Executado com a coordenação da Secretaria de Turismo da Bahia, o museu passa a ser tratado como novo cartão-postal do estado e integrado a roteiros de turismo cultural nacionais e internacionais.

Além do equipamento cultural, a Secretaria de Infraestrutura da Bahia investiu R$ 4,5 milhões na pavimentação de 2,18 km de vias, melhorando o acesso ao distrito de Caboto e a conexão com rotas turísticas terrestres e marítimas. A reabertura do espaço reforça o sentimento de pertencimento da comunidade e impulsiona a economia local, fortalecendo o turismo de base cultural em Candeias.

O reposicionamento conceitual do museu consolida o espaço como ambiente vivo de reflexão, crítica e diálogo com as comunidades do Recôncavo, ampliando o acesso à história e estimulando a formação de novos olhares sobre o patrimônio cultural baiano.