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Fotos: Vitor Reis / Azous e Divulgação / Vovó Cici
De 23 a 26 de outubro, a cidade de Cachoeira recebe a 13ª edição da Festa Literária Internacional – FLICA, e um dos grandes destaques do evento é a Fliquinha, espaço dedicado à literatura infantojuvenil. Em 2025, a programação convida crianças e adolescentes a mergulharem em temas como ancestralidade, identidade e autoestima, por meio de contações de histórias, mesas literárias, oficinas e espetáculos lúdicos que promovem encontros entre tradição oral, literatura e diversidade cultural.
Com o lema de que “crianças que conhecem suas origens crescem confiantes para escrever o futuro”, a Fliquinha traz atividades que vão além da leitura, incentivando a valorização das raízes e do pertencimento. A proposta é estimular o protagonismo das novas gerações, em um ambiente acessível e afetuoso.
Na quinta-feira (23), a escritora Jaqueline Santana — pedagoga e doutora em Antropologia Social — participa da leitura do livro Maria e a Sereia, ao lado da contadora Terezinha Passos e da mediadora Cássia Valle. A obra narra uma aventura que resgata a ancestralidade de Cachoeira. No dia seguinte, sexta-feira (24), a mestra griô Vovó Cici de Oxalá e o contador de histórias Mário Omar conduzem uma mesa inspirada no livro Oxalá, o grande pai que olha por todos e no conto tradicional africano Katendê e o Novo Rei, reforçando a importância da oralidade e da educação ancestral na construção da identidade das crianças.
“Falar sobre ancestralidade é ensinar valores, transmitir e preservar tradições. Tudo isso é fundamental para a construção da identidade das crianças e para a valorização do nosso patrimônio cultural”, afirma Jaqueline Santana. Já para Mário Omar, a contação de histórias é uma ferramenta poderosa na formação de uma infância livre, autônoma e conectada às suas origens. “É na história ancestral que a criança reconhece o que sente no mundo. Isso dá a ela subsídios para existir como pessoa”, destaca.
No sábado (25), a jornalista e influenciadora Maíra Azevedo, a Tia Má, apresenta seu primeiro livro infantil, A menina que não sabia que era bonita, obra que aborda o processo de aceitação e construção da autoestima de uma menina negra. “A literatura é uma ferramenta potente na construção da autoestima e da identidade. A gente se educa também a partir do que consome. Quando crianças se veem representadas nos livros, elas aprendem a amar quem são”, afirma Tia Má. Segundo ela, o livro também é um convite aos adultos para revisitarem suas infâncias e reconhecerem o valor de suas trajetórias.
No mesmo dia, a mesa Infância, a semente das histórias reúne o jornalista Vanderson Nascimento, conhecido por seu trabalho na TV Bahia, a escritora Ana Fátima — doutora em Letras e referência na literatura infantil — e seu filho, o jovem autor Maurício Akin, de apenas 10 anos, com três livros publicados. O encontro propõe uma conversa leve e inspiradora sobre a importância de contar e ouvir histórias desde cedo.
“A Fliquinha deste ano promove encontros potentes, que vão da valorização da ancestralidade ao fortalecimento da autoestima das crianças. É um espaço para se reconectar com a literatura como ferramenta de transformação social”, destaca Emília Nuñez, curadora da Fliquinha. “Teremos desde escritores mirins até mestres griôs, em uma celebração intergeracional da palavra.”
Diversidade e acessibilidade marcam a programação
Ao longo dos quatro dias, a Fliquinha também recebe nomes como Ivan Zigg, com o espetáculo Ler é um espetáculo, que mistura música, dança e ilustração ao vivo; Roseana Murray, com conversa sobre o livro O Braço Mágico; Tino Freitas, com o musical literário Quem quer brincar comigo?; Maira Lins, em monólogo baseado na obra A Mulher que Matou os Peixes, de Clarice Lispector; e o escritor cachoeirano Marcelo Souza, com o livro Chuva, chuva vai embora, que aborda a preservação ambiental. Haverá ainda contações de histórias musicadas com Marcos Cajé e o duo Mariar, formado por Nataliny Santos e Emillie Lapa.
Todos os espaços da FLICA 2025 terão acesso livre e estrutura com rampas, banheiros adaptados e intérpretes de Libras em frente aos palcos. Mesas com autores estrangeiros contarão com fones de tradução simultânea em português, incluindo acessibilidade para pessoas com deficiência visual.
A FLICA é para todos
A FLICA 2025 é realizada pela Schommer Produções, com patrocínio do Governo do Estado da Bahia, por meio do FazCultura, da Secretaria de Cultura (SecultBA) e da Secretaria da Fazenda (Sefaz), além da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal. O evento faz parte do projeto Bahia Literária, da Fundação Pedro Calmon (FPC), em parceria com a Secretaria da Educação do Estado (SEC), com apoio da EMBASA, Prefeitura Municipal de Cachoeira e da LDM, livraria oficial do evento.
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