Tecnologia

China desenvolve humanoide com “gestação” completa até 2026

China desenvolve humanoide com “gestação” completa até 2026
LET - Inteligência Artificial da Let’s Go Bahia

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18/08/2025 9:00pm

Foto: GuyXotic / Pixel Dojo 

Em um anúncio inovador feito durante a Conferência Mundial de Robótica de 2025, em Pequim, a empresa chinesa Kaiwa Technology revelou estar desenvolvendo o que pode ser o primeiro robô humanoide capaz de simular toda a gestação até o nascimento de um bebê. O projeto seria lançado em forma de protótipo em 2026, com preço estimado entre R$ 73 mil a R$ 75 mil (aproximadamente 100 mil yuans).

Como funciona:

  • O humanoide é equipado com um útero artificial embutido no abdômen, onde um embrião se desenvolve em ambiente que simula o útero natural, com líquido amniótico sintético e nutrientes fornecidos por meio de tubos, imitando a função da placenta.
  • Segundo o fundador da Kaiwa, Zhang Qifeng, a tecnologia do útero artificial está em estágio maduro, mas ainda é necessário integrá-la ao corpo humanoide para permitir a interação com humanos e concretizar o processo de gestação.

A proposta é oferecer alternativa para pessoas inférteis, com condições médicas que impedem a gravidez tradicional ou que desejam evitar os riscos fisiológicos e emocionais da gestação biológica. Além disso, a iniciativa surge em um contexto de desafio demográfico na China, com baixa taxa de natalidade e envelhecimento da população, motivando soluções inovadoras para estimular o crescimento populacional.

O anúncio suscitou intensos debates públicos sobre ética, identidade humana e direitos do nascituro, incluindo preocupações quanto ao valor da maternidade e possíveis consequências psicológicas na ausência de vínculo materno.
Zhang Qifeng afirma ter iniciado discussões com autoridades da província de Guangdong sobre políticas e regulamentações para essa tecnologia emergente.

Em síntese, o projeto “robô-gestante” promete revolucionar a reprodução assistida, especialmente para quem enfrenta barreiras físicas à gravidez. Ao mesmo tempo, desafia profundamente nossa percepção sobre ser humano, afetividade e o papel da tecnologia na esfera mais íntima da vida – gerando uma ampla reflexão ética em torno de um futuro que, agora, começa a se tornar possível.