Saúde

Tecnologia amplia fronteiras no tratamento do câncer de próstata na Bahia

Cirurgia robótica e telecirurgia elevam o padrão de cuidado no Novembro Azul e colocam Salvador na vanguarda da inovação médica

Tecnologia amplia fronteiras no tratamento do câncer de próstata na Bahia
Jacson Gonçalves

Jacson Gonçalves

08/11/2025 5:00pm

Foto: Divulgação


A Bahia vive um novo momento no tratamento do câncer de próstata. Desde 2019, a cirurgia robótica se consolidou como referência ao permitir procedimentos minimamente invasivos, visão tridimensional de alta definição e recuperação acelerada, muitas vezes em menos de 24 horas. O método reduz riscos como incontinência urinária e disfunção erétil, preservando a qualidade de vida e garantindo retorno rápido às atividades.


Agora, Salvador se prepara para avançar ainda mais. O Hospital Mater Dei Salvador, em parceria com o Instituto Brasileiro de Cirurgia Robótica, está nos ajustes finais para implantar a telecirurgia, técnica em que o cirurgião opera um robô à distância, em tempo real, por meio de conexão ultrarrápida. A novidade deve posicionar a capital como pioneira no Norte-Nordeste e reforçar a liderança brasileira, que já conta com cerca de 200 plataformas robóticas instaladas.


O avanço tecnológico ocorre em um cenário que exige vigilância: a Bahia deve registrar cerca de 6.510 novos casos de câncer de próstata em 2025, muitos ainda em estágio avançado. A recomendação de urologistas é clara: rastreamento regular, quebra de tabus e hábitos saudáveis. A prática de atividade física, por exemplo, é reforçada por iniciativas como a Blue Run Salvador, criada pelo urologista Nilo Jorge Leão, que reuniu duas mil pessoas e já prepara expansão para meia maratona em 2026.


Histórias como a do técnico em radiologia Leonardo Bouças Ramos, 47, reforçam o impacto dessa evolução. Diagnóstico precoce aos 45 anos, cirurgia robótica indicada em poucos dias, alta no dia seguinte e recuperação completa da continência e função sexual em meses. Hoje, ele leva vida plena. “A tecnologia que preserva nervos e vasos fez toda a diferença”, afirma, destacando a importância de informação segura e equipes preparadas.