Saúde

Mulheres baianas de 25 a 45 anos ampliam cuidados com a saúde e investem em estética íntima

Mulheres baianas de 25 a 45 anos ampliam cuidados com a saúde e investem em estética íntima
Ana Virgínia Vilalva

Ana Virgínia Vilalva

25/04/2025 11:30am

Foto: Divulgação

As mulheres baianas entre 25 e 45 anos estão se destacando por um novo comportamento de autocuidado, que vai da ginecologia à harmonização íntima. Dados do Programa Nacional de Saúde (PNS) já indicam que 82,3% das mulheres vão ao médico regularmente, frente aos 69,4% dos homens. Agora, uma nova geração tem procurado ainda mais os consultórios, incluindo especialidades ligadas à saúde emocional e estética.

Na Clínica Corpo e Mente, localizada em Vitória da Conquista e referência em saúde feminina, houve um crescimento de 40% na procura por atendimentos nessa faixa etária no último ano. “Temos percebido um perfil muito consciente entre essas mulheres. Elas estão mais informadas e buscam cuidar de si com mais atenção”, afirma a médica e diretora da clínica, Dra. Jacque Ferraz.

Além da ginecologia e obstetrícia, a clínica oferece serviços como ultrassonografia, nutrição, fisioterapia, psicoterapia e procedimentos estéticos. Essa abordagem integrada tem atraído pacientes em busca de soluções que considerem tanto a saúde física quanto o bem-estar emocional. “A ideia é respeitar o tempo e a rotina das mulheres, oferecendo um espaço que concentre vários tipos de cuidado”, completa a médica.

A preocupação com saúde mental também é uma prioridade. A clínica conta com psicólogos de diferentes abordagens, como a Gestalt-terapia, para lidar com questões como distúrbios alimentares e autoestima. A psicóloga Daniela Miranda é uma das profissionais que atuam nesse segmento.

Entre as novas demandas está a procura por procedimentos estéticos íntimos, como a labioplastia e a harmonização da região genital. Segundo dados de 2024 da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), o Brasil lidera o ranking mundial desse tipo de intervenção, com crescimento de 33% nos últimos três anos.

A Bahia acompanha essa tendência. “Hoje essas cirurgias são vistas como parte legítima do autocuidado, e não como vaidade. Elas impactam diretamente na autoestima e na saúde emocional”, explica a Dra. Jacque. Segundo a médica, os procedimentos são discretos, com recuperação rápida e pouca dor. Um dos mitos mais comuns, segundo ela, é a perda de sensibilidade na região, quando, na prática, a retirada do excesso de pele pode até melhorar a sensação local.

A crescente procura por esse tipo de cuidado revela uma transformação no comportamento das mulheres baianas, que naturalizam o autocuidado e incluem nele temas antes considerados tabus. A nova geração compreende o cuidado com o corpo como parte essencial da qualidade de vida.