Covid-19 perde protagonismo no inverno de 2025, mas especialistas mantêm alerta para grupos de risco
Influenza, rinovírus e VSR lideram internações por doenças respiratórias; vacinação segue sendo principal medida preventiva
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Com a chegada das estações mais frias, o alerta para doenças respiratórias se intensifica em todo o país. Mas, diferentemente dos anos anteriores, a Covid-19 deixou de ocupar o centro das atenções no cenário epidemiológico de 2025. A avaliação é do infectologista Gustavo Dittmar, coordenador da Infectologia do Hospital Albert Sabin (HAS), em Belo Horizonte. Segundo o médico, embora o coronavírus ainda circule, ele já não está entre os três principais responsáveis por internações neste período.
“O vírus causador da Covid-19 está longe de ser, em 2025, um problema de saúde pública. Ele nem figura entre os principais causadores de doenças respiratórias neste momento”, afirma Dittmar. Atualmente, os maiores vilões são o vírus sincicial respiratório (VSR), a influenza e o rinovírus — todos conhecidos por desencadear quadros de insuficiência respiratória e, em casos mais graves, a necessidade de hospitalização.
Vacinação anual e proteção aos mais vulneráveis
Apesar da menor gravidade, a recomendação para a vacinação contra a Covid-19 permanece ativa, principalmente para públicos considerados mais vulneráveis. A vacina foi incorporada ao calendário nacional de imunização, em esquema semelhante ao da gripe: uma dose anual para pessoas com comorbidades, profissionais da saúde, gestantes e professores, além de duas doses por ano para idosos e imunossuprimidos.
“A gravidade da doença reduziu, mas ainda pode representar risco sério para determinados grupos. Por isso, é fundamental que essas pessoas mantenham a vacinação em dia”, ressalta Dittmar.
No Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina contra a influenza está disponível gratuitamente para crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas, pessoas com comorbidades, trabalhadores da saúde e educação, e idosos a partir de 60 anos. A campanha de imunização é realizada em postos de saúde de todo o país e costuma ser intensificada nos meses de outono e inverno.
Cenário atual: atenção redobrada para infecções sazonais
Embora a Covid-19 tenha perdido força como causa de hospitalizações, o cenário ainda exige vigilância. Vírus como o VSR, por exemplo, são especialmente perigosos para bebês, idosos e pessoas com baixa imunidade. Já o rinovírus, comum nos resfriados, pode complicar quadros em pacientes com doenças respiratórias crônicas, como asma e DPOC.
A orientação dos especialistas é clara: manter a vacinação atualizada, buscar atendimento médico em caso de sintomas respiratórios persistentes e reforçar hábitos preventivos, como higiene das mãos e etiqueta respiratória, continuam sendo as melhores estratégias para atravessar o inverno com saúde.