Bruno Reis revela conversas avançadas com farmacêutica americana sobre vacina

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), revelou na manhã desta terça-feira, 5, que está em conversas avançadas com a farmacêutica Johnson & Johnson para a aquisição de doses da vacina contra o Covid-19. De acordo com o gestor, a vacina da farmacêutica americana seria essencial por ser aplicada em dose única e ter padrões de armazenamento compatíveis com todas as unidades de saúde do município.

A formação de um consórcio municipal para a aquisição de grandes doses de imunizantes já havia sido ventilada pelo prefeito ACM Neto (DEM) e deve ser anunciada em breve mediante as conversas da prefeitura com a já citada farmacêutica além do Instituto Butantan, fabricante da Coronavac no Brasil, da Pfizer e da Moderna.

A Prefeitura já reservou R$80 milhões no orçamento de 2021 para a aquisição das vacinas. “Para nós, não importa a nacionalidade da vacina. O importante é que ela seja autorizada, segura e tenha eficácia. Já temos recursos assegurados para a compra, e o ideal é que, de largada, Salvador tenha 380 mil doses para imunizar não apenas os profissionais de saúde, mas também os idosos acima de 60 anos”, disse Bruno.

Entre as aquisições já programadas, já existe um acordo entre o município e o Instituto Butantan para a aquisição de 103 mil doses da vacina Coronavac, esperando apenas pela certificação da Anvisa para por em prática o Plano Municipal de Imunização divulgado no último mês. De acordo com a estratégia, essas doses seriam destinadas aos profissionais de saúde das redes pública e privada. 

“Por isso, estamos conversando vários laboratórios. E tudo depende também da forma de pagamento, do prazo de entrega e da quantidade de doses disponibilizadas para a venda. A Moderna, por exemplo, queria vender 6 milhões de doses para Salvador, na vacina que é aplicada duas vezes para ter eficácia. Nesse caso, em função de não termos recursos suficientes para uma aquisição nesse montante, o ideal para Salvador seria nos juntarmos a outros municípios e estados para fazer uma compra conjunta. Só que a Moderna só teria disponibilidade para entregar em outubro e estamos tentando antecipar o prazo”, acrescentou. 

O democrata disse ainda que irá solicitar uma audiência com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para tratar do assunto e que a pauta também será discutida no encontro com o governador Rui Costa.

“Esperamos que, além do governo federal, é claro, o Estado também avance nas negociações com os laboratórios para a aquisição das vacinas. Para mim não importa quem vai comprar as doses, mas sim que elas cheguem o mais rápido possível”, frisou. 

Por Fernando Valverde para o Jornal A TARDE / Foto:  Valter Pontes / Secom