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​Papa invoca o dom da paz para o mundo e reforça que ela é responsabilidade de todos

​Papa invoca o dom da paz para o mundo e reforça que ela é responsabilidade de todos
Ana Virgínia Vilalva

Ana Virgínia Vilalva

25/12/2025 9:10pm

Foto: Vatican News

Em sua mensagem de Natal, o Papa destacou que Jesus Cristo é a verdadeira paz e convocou a humanidade a assumir a responsabilidade pessoal e coletiva na construção de um mundo mais justo e reconciliado. Ao recordar o nascimento de Jesus em Belém, em um contexto de pobreza e rejeição, o Pontífice afirmou que o Natal é, essencialmente, o Natal da paz, pois o Filho de Deus veio ao mundo para libertar a humanidade do pecado e do ódio, vencendo a inimizade por meio do amor misericordioso. Segundo ele, sem um coração livre do pecado e aberto ao perdão, não é possível ser construtor de paz, seja nas relações interpessoais ou nos conflitos entre nações.

O Papa ressaltou que a paz começa pela responsabilidade individual, lembrando que Deus não salva a humanidade sem a sua participação. Para ele, quem não ama está perdido, pois não é possível amar a Deus sem amar o próximo. Nesse sentido, pediu que cada pessoa reconheça as próprias falhas, peça perdão e se coloque no lugar dos que sofrem, demonstrando solidariedade aos mais fracos e oprimidos. Somente assim, afirmou, será possível transformar o mundo e superar as dinâmicas de violência, exclusão e injustiça que marcam o tempo presente.

Ao longo da mensagem, o Pontífice dirigiu um apelo especial às regiões marcadas por guerras, perseguições e crises humanitárias. Ele invocou justiça, paz e estabilidade para países do Médio Oriente, como Líbano, Palestina, Israel e Síria, e pediu o fim da violência na Ucrânia, com o encerramento do barulho das armas e a retomada do diálogo sincero entre as partes. O Papa também recordou as populações que sofrem em países como Sudão, Sudão do Sul, Mali, Burkina Faso, República Democrática do Congo e Haiti, além de mencionar povos atingidos por calamidades naturais na Ásia e na Oceania.

O Papa estendeu ainda sua preocupação à América Latina, exortando os responsáveis políticos a priorizarem o diálogo e o bem comum, deixando de lado preconceitos ideológicos. Pediu reconciliação para Mianmar, a restauração da amizade entre Tailândia e Camboja e atenção especial às vítimas esquecidas de conflitos, à pobreza extrema, aos refugiados, migrantes, desempregados, trabalhadores explorados e pessoas privadas de liberdade. Para ele, Jesus identifica-se com todos os que sofrem e nunca permanece indiferente às misérias humanas.

Ao final, o Pontífice recordou que Cristo é a luz que ilumina as trevas e a porta sempre aberta da esperança, especialmente no encerramento do Ano Jubilar. Reafirmou que o Menino que nasce no Natal não vem para condenar, mas para salvar, curar feridas e oferecer repouso aos corações. Com essa mensagem, desejou a todos um Natal marcado pela abertura ao outro, pela solidariedade e pelo compromisso concreto com a paz.