Brasileiro pode ter surfado a primeira onda de 100 pés da história em Nazaré
Foto: Arquivo Pessoal O surfista brasileiro Vinicius “Vini” dos Santos, natural de Santa Catarina, pode ter surfado a maior onda já registrada na história. Um ...
A força do cacau brasileiro ganha projeção mundial durante a 30ª edição do Salon du Chocolat, realizada em Paris. O Brasil é o país de honra da maior feira do setor, que reúne mais de 200 expositores de 50 países e valoriza práticas sustentáveis que movimentam a agricultura e a economia em cinco continentes. O evento foi inaugurado na última quarta-feira (29) e segue até o dia 2 de novembro, na Paris Expo Porte de Versailles, com expectativa de receber cerca de 100 mil visitantes.
Esta é a maior participação do Brasil em mais de uma década, com um estande de 200 metros quadrados dedicado à cacauicultura nacional, destacando selos de origem e responsabilidade socioambiental. A delegação brasileira é composta por produtores, fabricantes, marcas, autoridades e representantes institucionais de estados como Pará e Bahia, que concentram mais de 80% da produção cacaueira do país.
Para Marco Lessa, CEO da MVU Empreendimentos — empresa criadora do Chocolat Festival e organizadora da missão brasileira —, o reconhecimento é resultado de uma trajetória de evolução e qualidade. “Ver o país ser homenageado hoje no Salon du Chocolat, com o maior estande da sua história, é a prova do quanto evoluímos. É um reconhecimento ao trabalho de centenas de produtores e empreendedores que transformaram o cacau brasileiro em símbolo de qualidade, sustentabilidade e identidade nacional. Em 2009, nenhuma embalagem de chocolate produzida no Brasil trazia a imagem ou o percentual de cacau”, destacou.
O secretário de Turismo da Bahia, Maurício Bacelar, também celebrou o protagonismo brasileiro e lembrou o papel histórico do estado na expansão da cultura cacaueira. “Foi com o cacau trazido da Amazônia e implantado no sul da Bahia que o Brasil se tornou referência mundial na produção dessa fruta”, afirmou.
Com o movimento pró-cacau, o país passou a adotar padrões mais rígidos de controle de qualidade e rastreabilidade, implementando os modelos tree to bar (da árvore à barra) e bean to bar (da amêndoa à barra). O resultado é o reconhecimento internacional de chocolates brasileiros premiados e alinhados a práticas sustentáveis.
O Pará, estado que sediará a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) em 2025, também reforçou o papel do cacau na preservação ambiental. “Precisamos continuar produzindo com responsabilidade. A cultura do cacau na Amazônia mostra que é possível gerar desenvolvimento preservando a floresta”, disse Francisco Neto, secretário-adjunto de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca do estado.
Missão Brasil Origem
Paralelamente à feira, a comitiva brasileira realiza a Missão Brasil Origem, uma imersão na jornada do cacau na Europa. O roteiro reúne empresários, produtores, chefs e empreendedores em palestras técnicas, rodadas de negócios com compradores internacionais e visitas a fábricas, ateliês e chocolaterias francesas.
Segundo Marco Lessa, o projeto busca fortalecer o intercâmbio entre o Brasil e o mercado europeu. “Mais do que uma viagem, a Missão Brasil Origem é uma ponte entre o Brasil e o mundo, valorizando os produtos de origem e impulsionando a economia criativa brasileira”, afirmou.
A dimensão da presença brasileira no Salon du Chocolat vai além do aspecto comercial. Para o ministro da Embaixada do Brasil na França, Caio Renault, a participação reflete a diversidade cultural do país. “Exportar vai muito além do comércio. É levar ao mundo a verdade e a cultura brasileira, a inteligência e a criatividade do nosso país”, disse.
Representando a ApexBrasil, André Queiroz reforçou o papel das empresas e da sustentabilidade na nova fase da cadeia cacaueira. “Esta feira é a oportunidade de revelar à Europa toda a sustentabilidade, o talento e a alegria brasileiros que vocês representam”, declarou.
A participação do Brasil no Salon du Chocolat 2025 simboliza três décadas de evolução na forma como o país produz, comunica e exporta seu cacau. Da floresta amazônica à costa cacaueira da Bahia, o setor se consolida como exemplo de integração entre tradição, inovação e sustentabilidade.

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