Record terá de pagar R$ 500 mil para indenizar jornalista assediado sexualmente
Ex-diretor da emissora foi proibido de frequentar a Igreja Universal e desligado de suas funções
Foto: Divulgação
A Justiça do Trabalho de São Paulo condenou a Record e seu ex-diretor de Recursos Humanos, Márcio Santos, a pagar R$ 500 mil ao jornalista Elian Matte por assédio sexual. O caso, que tramita desde 2022, teve como base provas documentais, incluindo mensagens e conversas registradas pelo profissional, que alegou perseguição, constrangimento e vigilância excessiva em ambiente corporativo.
Segundo o processo, o assédio teria começado após Matte ser transferido para a equipe do jornalista Roberto Cabrini. Mesmo após denunciar a situação internamente, não houve resposta da direção da emissora, e o jornalista foi desligado meses depois. A juíza Solange Aparecida Galle destacou, na sentença, que a Record agiu apenas em defesa de sua responsabilidade jurídica, ignorando a integridade emocional do funcionário.
O ex-diretor foi proibido de frequentar a Igreja Universal e desligado de suas funções. O valor inicial pedido por Matte era de R$ 3 milhões, mas a decisão fixou a indenização em R$ 500 mil. A reintegração solicitada pela defesa foi negada. O caso ainda cabe recurso, mas reacende o debate sobre responsabilidade institucional diante de denúncias de assédio no ambiente corporativo.