Há trinta anos, o Plano Real salvava a economia brasileira e elegia FHC

Um dos planos mais inovadores da economia mundial completa 30 anos nesta segunda-feira (1º). Há exatamente três décadas, o cruzeiro real, uma moeda corroída pela hiperinflação, dava lugar ao real, que estabilizou a economia brasileira. Uma aposta arriscada que envolveu uma espécie de engenharia social para desindexar a inflação após sucessivos planos econômicos fracassados.

Num momento raro de consenso político e de cansaço com a hiperinflação, o Congresso Nacional foi importante para aprovar medidas que saneavam as contas públicas. Uma delas, a criação do Fundo Social de Emergência, que desvinculou parte das receitas do governo e flexibilizou a execução do Orçamento ainda no segundo semestre de 1993.

As ideias que deram origem ao Plano Real já eram discutidas uma década antes do lançamento da moeda. Não à toa, dezenas de profissionais participaram ativamente de sua elaboração. No entanto, seis nomes são tidos como os verdadeiros “pais” da moeda brasileira.

O mais lembrado, claro, é o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, que chefiou a equipe responsável pela criação da moeda brasileira.

O cientista político e sociólogo se elegeu presidente em primeiro turno no mesmo ano em que o plano foi lançado. Junto a ele, também foram essenciais as atuações de André Luiz Lara, Pérsio Arida, Edmar Bacha, Pedro Malan e Gustavo Franco para o sucesso da implantação e manutenção do projeto que salvou a economia nacional.

Confira alguns registros da época. As fotos são do Arquivo Nacional: