Luxo

Clubes de luxo conquistam mais associados no Brasil e no mundo com experiências exclusivas e curadoria de membros

Clubes de luxo conquistam mais associados no Brasil e no mundo com experiências exclusivas e curadoria de membros
Ana Virgínia Vilalva

Ana Virgínia Vilalva

09/04/2025 1:05pm

Fotos: Divulgação

Discrição, sofisticação e conexões de alto nível. Esses são os pilares dos clubes de luxo que vêm se multiplicando ao redor do mundo e ganhando cada vez mais adeptos no Brasil. O conceito, que teve como marco inicial a fundação da primeira unidade da Soho House, em Londres, em 1995, se expandiu para uma rede global com 42 unidades — incluindo uma em São Paulo — e transformou-se em tendência entre empresários, artistas e influenciadores culturais.

O modelo vai muito além do luxo aparente. Ele envolve uma criteriosa curadoria para admissão de novos membros, valorização das identidades culturais locais e uma agenda intensa de experiências exclusivas. Na Soho House, por exemplo, a lista de espera já chegou a ultrapassar 100 mil nomes, com celebridades como o príncipe Harry e Meghan Markle entre os frequentadores.

No Brasil, o movimento se intensifica com clubes como o Quai D’Orsay, em São Paulo, que adota uma política rígida: só é possível se tornar membro por indicação direta de sócios ativos. A proposta é criar uma comunidade restrita e engajada, com valores em comum e alto potencial de troca criativa.

A capital baiana também entrou no radar desse mercado. Inaugurado em 2022 na Bahia Marina, o The Latvian se destaca por ser o único business lounge de Salvador com foco em experiências personalizadas e networking de alto padrão. Em apenas três anos, o espaço já reúne 170 associados, com média de um novo integrante por semana. Gastronomia assinada pelo chef Rapha Sepúlveda, mixologia premiada com Abel Moreira, ambiente exclusivo para apreciadores de charutos e agenda de eventos culturais e de negócios integram o diferencial da casa.

Cinco curiosidades sobre os clubes de luxo pelo mundo:

  1. Seleção rigorosa de membros
    O processo de admissão vai além do poder aquisitivo. Os clubes buscam perfis criativos, empreendedores e com influência cultural. A ideia é formar uma comunidade interessante e diversa, capaz de fomentar trocas ricas e inspiradoras.

  2. Ambiente global, comunidade local
    Mesmo com atuação internacional, os clubes priorizam a identidade de cada cidade. A unidade do Soho House inaugurada em São Paulo em 2024, por exemplo, preservou elementos da arquitetura original de 1904 do prédio que ocupa.

  3. Decoração e arte
    A ambientação dos espaços é cuidadosamente pensada, com obras de arte originais, mobiliário exclusivo e detalhes que reforçam a atmosfera de criatividade e exclusividade.

  4. Gastronomia de alto padrão
    Chefs renomados, carta de vinhos premium, drinks autorais e menus exclusivos são marcas registradas. O The Latvian é um exemplo, com uma cozinha que une técnica internacional e ingredientes brasileiros em pratos autorais.

  5. Networking criativo e eventos únicos
    De jantares a viagens internacionais, os clubes promovem experiências únicas para seus associados. O The Latvian Talks, por exemplo, já trouxe a Salvador nomes como Nathalia Arcuri (Me Poupe!) e Luis Justo (Rock in Rio), além de organizar viagens imersivas, como a Expedição Chapada, na Chapada Diamantina, e roteiros internacionais como o Miami Open de Tênis.

À medida que crescem, esses clubes reafirmam uma nova forma de viver o luxo: com exclusividade, propósito e conexões significativas.