Let's Go na COP30

Projeto Costamar leva à COP30 experiências sobre conservação marinha e pesca artesanal sustentável

Projeto Costamar leva à COP30 experiências sobre conservação marinha e pesca artesanal sustentável
Ana Virgínia Vilalva

Ana Virgínia Vilalva

15/11/2025 3:12pm

📷 Foto: Agência Pará

O Projeto Costamar participará, no próximo dia 18 de novembro, da COP30 — o maior evento climático do mundo, que será realizado em Belém (PA). A iniciativa, desenvolvida pelo Instituto Redemar Brasil em parceria com a Petrobras, integrará o painel “Pesca artesanal e economia azul”, promovido das 11h às 12h30 no Prédio da Economia Criativa, na Zona Verde da conferência. A mesa contará com a presença de integrantes do Projeto Mantas do Brasil, que dividirão suas experiências no debate.

O encontro vai destacar como os conhecimentos tradicionais das comunidades pesqueiras artesanais podem contribuir para políticas públicas voltadas à economia azul e apoiar o Brasil no cumprimento de suas metas climáticas. A mediação será conduzida por William Freitas, presidente do Instituto Redemar Brasil. Já entre os participantes confirmados estão Thiago Costa, biólogo do Projeto Costamar; Paula Romano, pesquisadora e coordenadora-geral do Mantas do Brasil; Taíse Patrocínio, coordenadora geral do Projeto Costamar; Letícia Schabiuk, coordenadora executiva do mesmo projeto; Quêner Chaves dos Santos, do Ministério da Pesca; Líder Gongorra, liderança dos Povos do Mar; e Luena Maria, representante de povos indígenas.

Com atuação voltada à conservação dos ecossistemas costeiros e marinhos, o Projeto Costamar desenvolve ações de educação ambiental, fortalecimento comunitário e promoção da pesca artesanal sustentável em comunidades do litoral nordestino e da Amazônia costeira. A iniciativa integra a rede de projetos do Instituto Redemar Brasil e tem como missão articular ciência, políticas públicas e saberes tradicionais para garantir o uso responsável dos recursos marinhos e valorizar as populações que dependem do mar.


Durante a COP30, o projeto apresentará boas práticas de governança costeira e marinha, reforçando a importância de integrar conhecimentos locais e científicos na busca por soluções efetivas frente à crise climática e à conservação dos oceanos.


Taíse Patrocínio, coordenadora do Costamar, destaca a relevância da presença na conferência. “É importante levar para um evento dessa magnitude o trabalho que desenvolvemos há quase um ano com as comunidades pesqueiras no Amapá. Uma das nossas ações é o monitoramento das andadas reprodutivas do caranguejo-uçá, no qual já identificamos que o período pode ocorrer em datas diferentes das observadas em outras regiões do país. Com base nesses dados, podemos dialogar com o poder público sobre ajustes no período do defeso, garantindo uma gestão mais adequada e sustentável da espécie.”

A participação do Costamar na COP30 reforça o papel da sociedade civil na governança dos oceanos e na implementação de soluções locais para desafios globais, como as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade marinha.