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Cineasta baiano lança “O Chamado do Mar” na COP30 e segue rumo a festivais internacionais

Cineasta baiano lança “O Chamado do Mar” na COP30 e segue rumo a festivais internacionais
Ana Virgínia Vilalva

Ana Virgínia Vilalva

09/12/2025 12:44pm

Foto: Thiago Sampaio

O filme “O Chamado do Mar”, novo trabalho do cineasta baiano Thiago Sampaio, vem conquistando espaços de destaque no circuito cultural e ambiental dentro e fora do país. Após uma estreia emocionante na COP30, em Belém, durante a programação da Casa da Voz dos Oceanos, o curta inicia sua circulação internacional. A primeira exibição no exterior acontece em Lisboa, no dia 18 de dezembro, como parte de uma mostra cultural, e, em seguida, o filme será exibido em Londres, em janeiro de 2026, após ser selecionado como semifinalista do Sunday Shorts Film Festival.

Narrado pela ativista e líder indígena Alice Pataxó, reconhecida pela BBC como uma das 100 mulheres mais influentes do mundo, o curta é um manifesto poético que nasce do encontro entre ancestralidade e contemporaneidade. A obra mergulha na relação espiritual do povo Pataxó com o oceano, apresentado como entidade viva, força de cura e de renovação.

A estreia ocorreu um dia após a demarcação oficial do território Comexatibá, no extremo sul da Bahia, território ancestral de Alice Pataxó, após mais de 30 anos de luta. O contexto transformou a sessão em um momento histórico de celebração e forte simbolismo. “Foi como se o filme tivesse encontrado seu próprio destino”, afirmou o diretor.

Com uma trajetória ligada a narrativas sobre o mar e o meio ambiente, Thiago Sampaio celebra a circulação internacional do projeto, que também prepara novas exibições em festivais, escolas, comunidades costeiras e espaços de debate ambiental, em parceria com a organização internacional Parley for the Oceans.