Let's Go na COP30

Fafá de Belém e Margareth Menezes emocionam na abertura oficial da COP30

Fafá de Belém e Margareth Menezes emocionam na abertura oficial da COP30
Da Redação

Da Redação

11/11/2025 1:35pm

📸 Alex Ferro/COP30

A cerimônia de abertura da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), realizada nesta segunda-feira (10), foi marcada por um momento de emoção e representatividade brasileira. As cantoras Fafá de Belém e Margareth Menezes, que também ocupa o cargo de ministra da Cultura, se apresentaram durante o evento, que reuniu líderes mundiais e delegações internacionais, segundo informações do portal O Liberal.

Natural do Pará, Fafá foi a responsável pelas boas-vindas e destacou a importância da Amazônia diante do cenário global. “Meu nome é Fafá de Belém, sou cantora, ativista, mas antes de tudo uma mulher amazônida. Obrigada a todos que estão, vieram olhar para a gente. Obrigada, presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por trazer o mundo para olhar o povo que vive embaixo dessa floresta”, declarou a artista.

Na sequência, Fafá interpretou “Amazônia”, canção lançada em 2022, emocionando o público. Logo depois, Margareth Menezes se juntou a ela para cantar “Emoriô”, composição de Gilberto Gil e João Donato. A performance conjunta foi ovacionada, com o público aplaudindo as artistas de pé.

Primeiro dia - A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) começou oficialmente nesta segunda-feira (10), em Belém do Pará, com apelos à união global e ao fortalecimento das ações contra a crise climática. Durante a abertura, o secretário-executivo da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima (UNFCCC), Simon Stiell, destacou a necessidade de cooperação entre as nações, pedindo que os países deixem de lado disputas políticas e trabalhem juntos por soluções concretas.

O Brasil, país anfitrião, conduziu rapidamente a aprovação da agenda formal do encontro, mesmo diante de tentativas de alguns grupos de inserir temas mais complexos logo no início das negociações, como o mercado de carbono e novos mecanismos de compensação. O avanço foi visto como um sinal positivo de organização e disposição para o diálogo.

As discussões iniciais deixaram claras as tensões entre os países desenvolvidos e os mais vulneráveis às mudanças climáticas. Enquanto os primeiros defendem metas de redução de emissões mais ambiciosas, os países em desenvolvimento reforçam a necessidade de garantir financiamento e apoio técnico para a implementação de políticas sustentáveis. O tema do financiamento climático continua sendo o ponto mais sensível, já que muitas nações pedem recursos reais para enfrentar eventos extremos e adaptar suas economias.

Outro destaque do primeiro dia foi o foco em tecnologia e adaptação. Foram anunciadas iniciativas voltadas ao uso de dados e inteligência artificial para monitoramento ambiental, além de programas de apoio à agricultura em regiões vulneráveis. O objetivo é tornar as estratégias de adaptação financeiramente viáveis e acessíveis para todos os países.

O simbolismo da Amazônia como sede da COP30 foi constantemente lembrado durante o evento. Realizar a conferência no coração da floresta reforça o papel do Brasil e da região amazônica como protagonistas na luta contra a crise climática e na busca por justiça ambiental. Apesar do clima de cooperação, especialistas destacaram que ainda existem divergências profundas sobre quem deve arcar com os custos da transição ecológica e como garantir que as promessas sejam cumpridas.

O primeiro dia da COP30, portanto, foi marcado por discursos inspiradores, sinais de avanço na organização e uma mensagem clara: a urgência das ações concretas. Com o olhar do mundo voltado para a Amazônia, o desafio agora é transformar o espírito de colaboração em resultados reais e duradouros para o planeta.