Na Praia do Amor, comunidade local reflete sobre impactos da COP30 e futuro climático
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📷 Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
A COP30 entrou na semana decisiva nesta segunda-feira (17), com a chegada de cerca de 160 ministros e representantes de alto escalão para a plenária política de alto nível. As discussões se concentram em temas considerados sensíveis para o avanço da agenda global do clima, como financiamento, adaptação e formas de monitoramento das metas de redução de emissões.
A plenária foi aberta pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que reforçou a necessidade de transformar compromissos em ações concretas. “O tempo das promessas já passou. Cada fração de grau adicional no aquecimento global representa vidas em risco. Esta COP deve marcar o início de uma década de aceleração e entrega”, afirmou.
Os negociadores relatam avanços em grande parte dos 145 itens da agenda técnica, mas destacam que, com a migração das tratativas para o nível político, aumentam as pressões por acordo em temas como adaptação, transição justa, financiamento climático e implementação de metas.
A organização da conferência aponta que a segunda semana começa com um eixo unificador: colocar a natureza no centro da ação climática. Entre os compromissos em discussão estão a proteção de florestas, o fortalecimento dos direitos de povos indígenas e comunidades locais, e a ampliação de soluções baseadas na natureza.
Outro ponto de destaque é o debate sobre a criação de até 100 indicadores de adaptação, distribuídos entre dimensões nacionais, temáticas e de meios de implementação — como financiamento, capacitação e tecnologia. Há também expectativa de aprofundar as discussões sobre o papel da governança indígena e afrodescendente nos mecanismos emergentes de financiamento.
Dois temas que anteriormente não haviam avançado por falta de consenso voltaram à mesa: os mapas do caminho para o fim gradual dos combustíveis fósseis e para o desmatamento zero.
A definição de fontes de financiamento climático segue como um dos impasses centrais. Um dos focos desta semana é a implementação do Artigo 9.1 do Acordo de Paris, que estabelece que países desenvolvidos devem prover recursos financeiros para apoiar países em desenvolvimento na mitigação e adaptação. Após a COP29, em Baku, o valor acordado — US$ 300 bilhões anuais — foi considerado insuficiente. As presidências da COP29 e COP30 chegaram a propor a mobilização de até US$ 1,3 trilhão por ano, mas não há indicação de que esse nível de compromisso seja viabilizado nesta edição.
As negociações seguem até o fim da semana, quando os países precisarão chegar a consenso para fechar os principais acordos da conferência.
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