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Saulo Machado lança seu primeiro livro ‘O Jogo das Margaridas’ em 11 de dezembro

Saulo Machado lança seu primeiro livro ‘O Jogo das Margaridas’ em 11 de dezembro
Da Redação

Da Redação

03/12/2021 5:00pm

Com inspiração nas pequenas coisas, premissas que simplesmente acontecem, Saulo Machado escreve sobre medo, desejo, amor e morte. Seu livro de estreia ‘O Jogo das Margaridas’, reúne seis contos que atravessam temas essenciais da filosofia e psicanálise e será lançado no dia 11 de dezembro (sábado), às 17h, no AMMA Varanda, localizado no Museu Carlos Costa Pinto, no Corredor da Vitória. O título, produzido pela Mormaço Editorial, editora baiana independente com foco na literatura brasileira contemporânea, custa R$ 30 e, após o lançamento, estará disponível para venda online nos marketplaces tanto em formato físico como e-book.

A obra traz a morte como fio que liga as tramas dos seis contos que a compõem, abordando a inquietude humana e os mistérios da existência. Para Saulo, o livro foi resultado de muito trabalho após a experiência de ilustrar suas próprias questões. “Estava no começo da pandemia, lendo e pensando demais, e foi quando comecei a me aventurar a escrever contos. Foi quando tive contato com a obra de Camus também. Ele foi responsável por me fazer crer que é possível colocar ideias filosóficas numa trama literária. Foi uma paixão que me fez ler quase toda sua obra. Nomeou coisas que sentia e que vinha divagando há um tempo. Muito dos contos foi uma tentativa minha de elaborar tudo isso”.

 As narrativas trazem um professor que abandona sua cátedra na universidade; uma menina que nasce sem chorar; crianças que brincam, apesar do tempo; o jogo que diz “não” para depois dizer “sim”. Neste ir e vir, neste arrancar das pétalas, cada um joga como quer, sem estar livre de certo tipo de tontura. Mas é preciso, realmente, jogar? Tudo pode se resolver, afinal, com um gesto definitivo. Mas quem quer, apesar de tudo, ser tão definitivo assim? 

“Acho que a psicanálise me aponta as contradições e as impossibilidades, seja na forma da escrita, como a distância entre o que quero dizer e o que o outro irá compreender, seja na concepção dos personagens. O primeiro conto, por exemplo, me parece uma ilustração da questão do desejo como aquilo que escapa. Por outro lado, tenho medo das leituras psicológicas que buscam as explicações dos personagens; é fácil resumir meu livro numa sucessão de casos depressivos. Gosto muito da psicologia fenomenológica também, me ajuda a ser mais descritivo do que explicativo, isso dá abertura para outros modos de compreensão”, destaca o jovem autor.