Com a chegada de 2025, um novo ciclo se desenha, trazendo reflexões e oportunidades para as mulheres, especialmente para as mães, que constantemente equilibram desafios e conquistas. Para Joana Damásio, empreendedora, palestrante, gestora social e mãe atípica, este é o momento de ressignificar experiências, fortalecer redes de apoio e abrir o coração para um futuro repleto de possibilidades.
Joana, mãe de Alice, de 13 anos, e Gabriela, de 9, que nasceu com microcefalia em decorrência do surto de Zika Vírus em 2015, tornou-se referência na luta pela inclusão. Sua trajetória de superação a levou a fundar uma ONG que hoje atende mais de 330 famílias atípicas, além de liderar a entidade como presidente por sete anos consecutivos. Coautora dos livros Potência Materna e Narrativas de mãe, Joana utiliza suas vivências para inspirar mulheres a transformar dificuldades em força e propósito.
Ressignificação como caminho para mudanças
Segundo Joana, o processo de ressignificação é essencial para as mulheres lidarem com as transições inevitáveis da vida. “Ao ressignificar fatos e sentimentos que nos prendem, conseguimos transformar desafios em aprendizados e construir algo positivo e construtivo. É essa mudança cultural que precisamos, para nós e para as próximas gerações”, afirma.
Sua experiência com a maternidade atípica, marcada por desafios e adaptações, moldou não apenas sua trajetória pessoal, mas também sua visão sobre o poder do coletivo. “A rede de apoio foi crucial para mim. Conviver com outras mães me mostrou que dividir dores e angústias fortalece. Juntas, conseguimos ir além do que imaginávamos ser capazes”, reflete.
Reconexão com a essência feminina
Joana lidera grupos voltados para mulheres que buscam reconexão com sua essência e força interior. Através de encontros e palestras, ela incentiva a união e a troca de experiências, promovendo leveza, amorosidade e criatividade diante das adversidades. Para ela, o autocuidado é indispensável: “É fundamental que as mulheres se coloquem no centro de suas vidas. Quando cuidamos de nós mesmas, somos capazes de cuidar melhor de tudo ao nosso redor.”
Uma visão para o futuro
O ano de 2025, designado pela ONU como o Ano do Cooperativismo e pelo Papa Francisco como o "Ano da Esperança", traz simbolismos que inspiram renovação. Joana enfatiza a importância de aproveitar esse momento para florescer: “É tempo de refletir, reavaliar e traçar novos caminhos. Precisamos nos dar ao direito de parar, respirar e seguir para um novo ciclo com força e esperança.”
Natural de Salvador e formada em Turismo, com especializações em Marketing e Educação Inclusiva, além de estudante de Psicologia, Joana já ministrou mais de 30 palestras pelo Brasil, escreveu artigos e participou de eventos nas áreas de educação e saúde. Reconhecida com prêmios como o Barra Mulher e a Comenda Dois de Julho, ela segue empenhada em transformar sua trajetória em um exemplo de resiliência e inspiração para outras mulheres.
Inclusão como legado
Joana não abre mão de sua principal bandeira: a inclusão. Para ela, é esse compromisso que garante um futuro mais justo e próspero. “Conviver com a diversidade não é apenas um caminho, mas o único caminho possível para as próximas gerações.”
Enquanto 2025 se aproxima, Joana convida cada mulher a abraçar suas próprias transformações, tornando-se protagonista de sua história e inspirando um mundo mais inclusivo e acolhedor.